Crusoé: Governo da Eslovênia reconhece Estado palestino, e Israel reage
O ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, afirmou que a medida "recompensa o Hamas" pelos assassinatos, sequestros e estupros cometidos em 7 de outubro de 2023
Dias depois de Espanha, Irlanda e Noruega, o governo da Eslovênia decidiu nesta quinta-feira, 30, reconhecer a existência do Estado da Palestina.
“Hoje o governo decidiu reconhecer a Palestina como um Estado independente e soberano”, informou o primeiro-ministro, Robert Golob (foto), em conferência de imprensa em Liubliana, capital do país.
A medida, que ainda deve passar pela aprovação do Parlamento esloveno, é uma forma de pressionar Israel a encontrar uma solução para a Faixa de Gaza após o encerramento da ofensiva militar contra os terroristas do Hamas.
Dos 27 membros da União Europeia, dez reconhecem o Estado palestino. São eles: Suécia, Chipre, Hungria, República Tcheca, Polônia, Eslováquia, Romênia e Bulgária, além de Espanha e Irlanda.
Reação israelense
O ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, reagiu à decisão do governo esloveno, afirmando que a medida “recompensa o Hamas” pelos assassinatos, sequestros e estupros cometidos em 7 de outubro de 2023.
“A decisão do governo esloveno de recomendar que o Parlamento esloveno reconheça um Estado palestino recompensa o Hamas por assassinato, violação, mutilação de corpos, decapitação de bebês e fortalece o eixo iraniano do mal, ao mesmo tempo que prejudica a estreita amizade entre os povos esloveno e israelense. Espero que o Parlamento esloveno rejeite esta recomendação”, escreveu Katz no X, antigo Twitter.
Espanha, Noruega e Irlanda
Após anúncio conjunto na semana passada, Espanha, Irlanda e Noruega reconheceram na terça, 28, a soberania do Estado da Palestina.
A decisão foi alvo de críticas do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que defende que um Estado palestino seria um “Estado terrorista”.
“Este seria um Estado terrorista. Tentaria fazer o massacre de 7 de outubro várias vezes, e com isso não concordaremos”, disse Netanyahu em comunicado.
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