Crusoé: Gestapo do Hamas espionou 10 mil palestinos, indicam arquivos secretos
Grupo terrorista supervisionou por anos uma força policial secreta para vigiar o cotidiano dos palestinos na Faixa de Gaza
O grupo terrorista Hamas comandou, durante anos, um “Serviço de Segurança Geral”, onde uma série de informantes na Faixa de Gaza denunciavam seus próprios vizinhos e ajudavam na construção de arquivos de críticos públicos do grupo. O funcionamento desta espécie de Gestapo do Hamas foi revelada nesta segunda-feira, 13, pelo jornal The New York Times.
Arquivos secretos dessa unidade vazaram ao jornal em forma de uma apresentação de 62 slides, deito dias antes do ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro do ano passado. Segundo o jornal, apesar de se indicarem como representantes do povo, o grupo comandado desde o Catar por Yahya Sinwar não tolera nenhuma possibilidade de dissidência em suas áreas de domínio.
Para isso, valeria até a espionagem de jornalistas e pessoas suspeitas de “comportamento imoral”. Exclusão de comentários negativos em redes sociais e táticas para difamar adversários políticos também estariam no cardápio do “Serviço de Segurança Geral”.
Com isso, conclui o jornal, “os habitantes de Gaza estavam presos todos os dias — atrás do muro do bloqueio de Israel e sob o controle e a vigilância constante de uma força de segurança” que jamais deixou de existir, mesmo após os combates de terra chegarem ao território.
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