Crusoé: “França terá primeiro-ministro gay de 34 anos”
O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta terça, 9, a escolha de seu ministro da Educação, Gabriel Attal (à direita), para ocupar o cargo de primeiro-ministro...
O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta terça, 9, a escolha de seu ministro da Educação, Gabriel Attal (à direita), para ocupar o cargo de primeiro-ministro.
Attal, que tem apenas 34 anos, terá como missão agora montar o gabinete de ministros. Ele será o mais novo primeiro-ministro da França e o primeiro declaradamente gay.
A Europa já tem outros gays ocupando altos cargos na política, como o primeiro-ministro irlandês Leo Varadkar.
Attal já teve um relacionamento com Stephane Sejourne, que foi conselheiro político de Macron.
Aos 17 anos, ele se tornou membro do Partido Socialista. Durante a pandemia de Covid-19, Attal ganhou fama nacional ao se tornar o porta-voz do governo de Macron. Ele participou de várias coletivas de imprensa, que tiveram bastante audiência.
Um das suas primeiras ações como ministro da educação foi banir a abaya, uma vestimenta típica muçulmana para meninas, nas escolas públicas. Isso elevou sua popularidade entre os franceses. A França tem uma longa tradição secular de banir símbolos religiosos em escolas públicas, que vem desde o século 19.
Eleições no Parlamento Europeu
Attal irá substituir Elisabeth Borne (na foto, à esquerda). Ela renunciou nesta segunda-feira, 8 de janeiro.
No cargo desde o início do segundo mandato de Macron, em maio de 2022, Borne se tornou um passivo para a imagem do governo, depois das repercussões negativas da reforma na lei de imigração, aprovada pelo Parlamento francês em dezembro.
Dentre as medidas da reforma estão a abolição da naturalização automática por nascimento a filhos de estrangeiros, a facilitação para se deportar imigrantes ilegais e o estabelecimento de cotas de imigração.
Ao retirar Borne do cargo de primeiro-ministro e colocar o carismático Attal, Macron está pensando nas eleições ao Parlamento Europeu, órgão legislativo da União Europeia, previstas para junho.
Com um primeiro-ministro mais popular, sua coalizão política poderá se sair melhor nas urnas em meados deste ano.
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