Crusoé: Exílio de González é “resultado direto das medidas antidemocráticas”, dizem EUA
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse que os venezuelanos expressaram "de forma esmagadora e inequívoca seu desejo por mudança democrática" em 28 de julho
O Departamento de Estado dos Estados Unidos afirmou no domingo, 8, que o exílio do opositor Edmundo González é “resultado direto das medidas antidemocráticas” que o ditador Nicolás Maduro desencadeou sobre o povo venezuelano.
Em comunicado, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse que os venezuelanos expressaram “de forma esmagadora e inequívoca seu desejo por mudança democrática” em 28 de julho.
“Os resultados das eleições e a vontade do povo não podem ser simplesmente varridos por Maduro e pelas autoridades eleitorais venezuelanas. Estamos com González Urrutia em seu chamado para continuar a luta pela liberdade e a restauração da democracia na Venezuela”, afirmou Blinken.
“Os Estados Unidos condenam veementemente a decisão de Maduro de usar repressão e intimidação para se agarrar ao poder pela força bruta em vez de reconhecer sua derrota nas urnas. Nas últimas seis semanas, Maduro prendeu injustamente quase dois mil venezuelanos, usou censura e ameaças para silenciar a oposição ao seu governo e violou as leis venezuelanas para permanecer no poder contra a vontade do povo venezuelano”, acrescentou.
Blinken também apelou ao ditador venezuelano para cessar a repressão e libertar imediatamente todos os detidos injustamente.
“Os Estados Unidos continuarão trabalhando com nossos parceiros internacionais para defender as liberdades democráticas na Venezuela e garantir que Maduro e seus representantes sejam responsabilizados por suas ações”, concluiu.
“Dia triste para a democracia”
O alto representante da União Europeia para Relações Exteriores, o espanhol Josep Borrell, afirmou que a data de 8 de setembro marcou um “dia triste para a democracia”.
“Diante da repressão, da perseguição política e das ameaças diretas contra a sua segurança e liberdade, depois de ter recebido hospitalidade na residência holandesa em Caracas até 5 de setembro, o líder político e candidato presidencial Edmundo González, teve que solicitar asilo político e aproveitar da proteção que a Espanha lhe ofereceu.”
Disse ainda que as atas eleitorais disponibilizadas pela oposição mostram que Edmundo González “seria o candidato presidencial que venceria as eleições por ampla maioria”.
“Numa democracia, nenhum líder político deveria ser forçado a procurar asilo em outro país”, acrescentou.
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