Crusoé: Estado Islâmico à espreita
Atentado na Rússia mostra que grupo terrorista nunca perdeu seu poder para recrutar novos membros e organizar ataques. Ocidente fica em alerta
O atentado à casa de shows russa Crocus City Hall, que deixou pelo menos 139 mortos e 180 feridos, mostra que o grupo terrorista Estado Islâmico nunca perdeu seu poder para recrutar novos membros e organizar ataques, diz Crusoé.
“O ditador russo Vladimir Putin fez todo o possível para jogar na Ucrânia a responsabilidade pelo atentado na casa de shows Crocus City Hall, em Moscou, que deixou 139 mortos e 180 feridos. Não conseguiu. Uma mensagem do grupo terrorista Estado Islâmico nas redes sociais e a divulgação de vídeos gravados por câmeras corporais dentro do prédio não deixaram dúvidas sobre os seus verdadeiros autores da matança. O último atentado do Estado Islâmico (também conhecido como EI ou Isis, na sigla em inglês) permite concluir que o grupo, mesmo após ter perdido seu território na Síria e no Iraque, segue ativo e com capacidade de realizar ataques pelo mundo. Entre os seus principais alvos estão cidadãos russos, como represália à ação militar que derrotou o EI no Oriente Médio, e os infiéis, ou não muçulmanos, que podem estar em qualquer cidade do Ocidente.”
“A ação durou apenas dezessete minutos. Pouco antes das 8 horas da noite de 22 de março, quatro terroristas entraram atirando com rifles de assalto no hall principal da Crocus City Hall. Eles então entraram na arena onde aconteceria o show e foram disparando contra todas as pessoas à sua volta. Minutos depois, os quatro saíram pela mesma porta. Uma explosão foi ouvida, o teto do prédio pegou fogo e desabou.”
“O ataque no Crocus City Hall tem quase todas as digitais do grupo terrorista. A escolha do alvo priorizou um espaço com grande concentração de civis. Naquela noite, a banda russa de rock Picnic estava pronta para subir ao palco e tocar para mais de 6 mil espectadores. O objetivo nesses casos é alcançar o maior número possível de vítimas fatais em um espaço dedicado à diversão. O atentado, assim, guarda semelhanças com os ataques do EI em Paris, em 2015, que ocorreram na boate Bataclan, em cafés, restaurantes e no Estádio da França (137 mortos). Também se assemelha com os que ocorreram em Manchester, em 2017, após um show da cantora Ariana Grande (22 mortos).”
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