Crusoé: Desta vez, foi a campanha de Trump que teve e-mails vazados
Vazamento ocorre na semana que Irã anunciou ataque cibernético ao governo americano. Em 2016, Trump viu nos vazamentos de sua concorrente uma vantagem
O FBI, a polícia federal americana, disse nesta segunda, 12, que irá investigar um ataque hacker contra a campanha de Donald Trump a presidente, que teria vazado e-mails de seus integrantes.
A principal suspeita é que o ataque tenha sido coordenado pela teocracia iraniana.
Durante o final de semana, o portal de notícias americano Politico recebeu uma série de documentos internos da campanha do republicano, de uma fonte anônima chamada “Robert”.
Os documentos parecem ser volumosos e bastante relevantes — um deles, de 271 páginas, era um dossiê com informações que poderiam levar ao veto do nome de J.D. Vance a vice da chapa. O documento, chamado de “potenciais vulnerabilidades”, acabou perdendo o sentido quando Vance foi de fato escolhido por Trump.
O serviço de inteligência americano e a Microsoft receberam informações sobre o ataque cibernético. Na sexta-feira, a empresa reconheceu publicamente que um “nome graduado de uma campanha presidencial” havia sido o alvo.
A campanha do republicano falou sobre o ataque. “Estes documentos foram obtidos ilegalmente de fontes estrangeiras hostis aos EUA, buscando interferir na eleição de 2024 e através de nosso processo democrático”, escreveu Steven Cheung, o porta-voz da campanha de Trump, ao Politico.
A campanha de Donald Trump a presidente dos EUA, que estava em céu de brigadeiro nos últimos meses, passou por uma turbulência com a troca na campanha presidencial democrata.
A entrada de Kamala Harris na disputa colocou Trump atrás nas pesquisas em três estados-chave que ele antes liderava: Winsconsin, Pensilvânia e Michigan.
Esta semana, Trump voltou a usar sua conta no X (antigo Twitter) e deu uma entrevista com Elon Musk.
Outro caso de roubo de emails durante a campanha ocorreu em 2016.
Naquele ano, deu-se o vazamento de e-mails do Comitê do Partido Democrata envolvendo mensagens da então candidata democrata Hillary Clinton.
As mensagens foram vazadas por hackers russos, ligados diretamente ao governo de Vladimir Putin, e divulgadas pelo site Wikileaks.
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