Crusoé: desaparecimentos forçados aumentam na Venezuela
Cinco especialistas de um grupo de trabalho da ONU afirmam que as principais vítimas são integrantes do principal partido de oposição e militares
Uma nota do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos desta terça, 30, afirma que tem ocorrido um aumento dos desaparecimentos forçados na Venezuela, com a aproximação das eleições de 28 de julho.
O documento, assinado por cinco especialistas que integram o Grupo de Trabalho sobre Desaparecimentos Forçados ou Involuntários afirma que o fenômeno tem sido observado desde dezembro de 2023.
As vítimas são, na sua maioria, integrantes do principal partido político da oposição e militares.
“Enquanto o país se prepara para as eleições presidenciais de julho de 2024, os desaparecimentos forçados podem ter um efeito dissuasivo e prejudicar o direito da população de votar livremente”, afirmam as especialistas na nota.
“Estas detenções prolongadas e incomunicáveis equivalem a desaparecimentos forçados. Elas parecem seguir a um padrão segundo o qual as pessoas são privadas da sua liberdade pelas autoridades estatais, levadas para centros de detenção reconhecidos e, aí, privadas dos seus direitos fundamentais, como o contato com o mundo exterior e acesso à assistência jurídica“, afirmou o Grupo de Trabalho sobre Desaparecimentos Forçados ou Involuntários.
Segundo as especialistas da ONU, o governo não reconhece a detenção dessas pessoas e não divulga o lugar para onde elas foram levadas, o que seria uma maneira de deixá-las fora da proteção da lei.
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