Crusoé: Corte venezuelana valida fraude eleitoral para manter Maduro no poder
Decisão foi anunciada há pouco pela corte, comandada pela ditadura de Nicolás Maduro. Após todos os indícios de que oposição venceu, corte não libera atas eleitorais
O Supremo Tribunal de Justiça [TSJ, na sigla em espanhol], principal corte constitucional da Venezuela e controlada pelo ditador Nicolás Maduro, tornou válida nesta quinta-feira, 22, a “vitória” do ditador nas eleições último dia 28 de julho. Marcadas por fartos indícios de fraude — e por sinais abundantes de vitória da oposição — o TSJ garantiu a vitória do ditador sem mostrar nenhuma ata eleitoral comprovando o resultado.
O pronunciamento foi feito pela presidente do TSJ, Caryslia Rodríguez — ela mesma uma militante do PSUV, o partido de Nicolás Maduro. Como esperado, ela disse que Edmundo González-Urrutia, o candidato da oposição reconhecido como o vencedor por parte da comunidade internacional, não teria apresentado nenhuma prova de que a eleição foi fraudada. Acontece que a campanha da oposição apresentou atas, reconhecidas internacionalmente, que comprovam sua vitória sobre a ditadura.
Caryslia ainda insinuou que irá investigar nomes da oposição, incluindo González-Urrutia, por “desacato” às ordens do tribunal, assim como por apresentar o resultado real das eleições que não é reconhecido pela justiça chavista. A oposição fez o que o TSJ não fez: de maneira independente, apresentou atas eleitorais digitalizadas, que aponta vitória da oposição com 67% contra 30% de Maduro.
As conclusões do TSJ serão levadas ao procurador-geral do país, Tarek William Saab, que também é chavista e comanda a máquina de investigação contra opositores de Maduro.
Instantes antes do TSJ se manifestar, González-Urrutia postou o suposto mapa eleitoral do país. Ele hoje é reconhecido como o presidente por países como o Peru, Chile, Argentina e Estados Unidos.
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