Crusoé: Como fica o voto negro na disputa entre Kamala e Trump
A cientista política americana Jamil Scott, da Universidade Georgetown, comenta a relação entre os dois partidos e esse grupo de eleitores
Os eleitores negros têm sido cortejados pela campanha do republicano Donald Trump e da democrata Kamala Harris. Uma pesquisa da CBS News Poll do início de agosto mostrou que Kamala tem 81% das intenções de voto e Trump, 18%. Kamala se sai melhor que o presidente Joe Biden nesse grupo de eleitores. O atual mandatário aparecia com cerca de 59% entre os negros. Há décadas, os democratas (foto) se saem melhor que os republicanos nesse setor. O mais importante será observar a diferença entre os dois e saber se os eleitores irão ou não votar no dia 5 de novembro. Crusoé conversou com a cientista política americana Jamil Scott, que pesquisa o voto negro na Universidade Georgetown, em Washington.
Como tem sido o desempenho de Kamala Harris entre os eleitores negros?
Kamala está se saindo muito bem entre os eleitores negros. Pesquisas recentes sugerem que o apoio à democrata é maior do que o apoio ao Trump. O anúncio de que a vice-presidente estava concorrendo ao cargo em vez do presidente Biden trouxe uma nova energia à campanha, especialmente entre os eleitores negros. Mas isso não significa que os eleitores negros sairão para votar na atual vice-presidente no dia da eleição. Nos próximos dias, todos vamos ouvir mais sobre sua agenda política, o que será significativo para que os eleitores negros tomem uma decisão. Embora muito tenha se falado sobre um pequeno aumento de eleitores negros apoiando Donald Trump, a maior preocupação para Kamala não é se os eleitores negros mudarão sua lealdade partidária, tornando-se republicanos, mas se eles ficarão ou não em casa no dia da eleição.
O que ela poderia fazer quanto a isso?
Será preciso mobilizar os eleitores para eles comparecerem no dia da eleição. Também é preciso haver diretrizes políticas claras que falem dos interesses dos eleitores negros na plataforma de Kamala e Tim Walz para encorajar os eleitores de que suas vozes estão sendo ouvidas.
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