Crusoé: Brasil vai até Corte de Haia pedir fim de assentamentos israelenses
Corte analisa, desta vez, ocupações de território em áreas requeridas historicamente por palestinos. Apesar do julgamento, resultado não deve mudar questões práticas
A Corte Internacional de Justiça se reúne, nesta terça-feira, 20, para o segundo dia de julgamento sobre uma ação a respeito da ocupação de territórios palestinos por Israel. O caso, movido pela Autoridade Palestina, trata de maneira ampla da questão — a instalação de assentamentos israelenses desde ao menos a Guerra dos Seis Dias em 1967 — e não trata da questão da Faixa de Gaza, levantada pela África do Sul e julgada no mês passado.
O Brasil enviou uma representante ao caso para defender a causa palestina. “Dentro do escopo do presente julgamento, o Brasil apreciaria que a opinião da Corte levasse em conta que a ocupação israelense do território palestino viola o direito palestino à autodeterminação”, defendeu (em inglês e em um discurso escrito) a diplomata Maria Clara de Paula Tusco, que subiu à tribuna como representante de uma das 50 nações que atuam no caso.
A visão brasileira é pela chamada “solução de dois estados”, e que a guerra atual na Faixa de Gaza é consequência de uma violação das leis internacionais, e que a ocupação seja interrompida imediatamente. “Brasil espera que a corte reafirme que a ocupação israelense do território palestino é ilegal e viola obrigações internacionais, por uma série de ações e omissões por parte de Israel”, continuou a diplomata brasileira em seu discurso. O Brasil ainda quer que Israel indenize a Palestina pela ocupação de 57 anos.
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