Crusoé: Bloco de países africanos diminui — e a Rússia só tem a agradecer
A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental perdeu oficialmente três integrantes nesta semana. Países estão sob governo de juntas militares
A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Ecowas, na sigla em inglês), o mais antigo bloco de nações africanas, pode ter perdido 20% do seu tamanho de uma vez. Isso porque Níger, Burkina Faso e Mali anunciaram nesta segunda-feira, 29, que estão se desligando do bloco que tinha 15 integrantes.
As três nações, que já estavam suspensas do bloco, passaram por golpes militares recentes —O Niger em julho do ano passado; a Burkina teve dois golpes em 2022; o Mali ainda em 2020— e são todas governadas por juntas ligadas ao seu Exército.
O trio alegou questões de soberania para deixar o grupo, mas deixou claro que, na sua visão, o bloco teria “se desviado dos ideais dos seus pais fundadores e do espírito do Pan-africanismo”. Agora, de acordo com o movimento rebelde, prevalece “a influência de poderes estrangeiros [que], traindo os princípios fundadores, se tornou uma ameaça aos seus estados-membros e suas populações.”
A Ecowas, no entanto, ainda não reconhece oficialmente a saída das nações. Em um comunicado, o bloco disse que tomou ciência das afirmações, feitas nas TVs estatais destes países, mas que “ainda tem de receber notificações formais dos três estados-membros sobre sua intenção de se retirar da comunidade”.
Leia mais aqui; assine Crusoé e apoie o jornalismo independente.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)