Crusoé: “As notas de comunidade são bastante promissoras”
Estudo feito nos Estados Unidos descobriu que pessoas que publicam desinformação são mais propensas a se retratar quando são alertadas pelos demais usuários
Um estudo feito na Universidade de Illinois Urbana-Champaign publicado em novembro do ano passado encontrou bons resultados sobre a eficiência das “notas de comunidade“, adotadas pela rede X (antigo Twitter) para moderar conteúdo nas redes sociais.
De acordo com o pesquisador Yang Gao (foto), que comandou o estudo, pessoas que publicavam informações mentirosas (fake news) nas redes sociais eram mais propensas a retirar seus materiais do ar ou pedir desculpas quando o material recebia uma nota de comunidade, em que outros usuários apontavam os erros.
As retratações foram uma prova de que as notas de comunidade funcionam.
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Notas de comunidade
As notas de comunidade entraram no debate na semana passada quando o diretor-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou que abandonará as agências de checagem para adotar as notas de comunidade.
Enquanto as agências de checagem usam especialistas ou jornalistas para analisar as informações, as notas de comunidade terceirizam o trabalho para todos os que querem contribuir. É o que Gao chama de “crowdsourcing“, pois a fonte da informação é a multidão que está online.
Como há muito mais gente contribuindo para as notas de comunidade, elas podem ser “escaláveis“, isto é, podem ser empregadas em um número muito maior de publicações e em um tempo menor.
“Podem ser mais eficientes“
Crusoé conversou com Yang Gao — que é chinês, estudou em Singapura e há dois anos trabalha nos EUA — para saber o que ele pensa sobre o assunto.
As notas da comunidade podem ser mais eficientes que as agências de checagem de fatos?
Nossa pesquisa indica que as notas de comunidade podem ser mais eficientes que a verificação de fatos profissional em alguns aspectos. A principal vantagem das notas de comunidade é…
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