Uma semana após se tornar o primeiro presidente dos EUA condenado por um crime, Donald Trump agora espera o estabelecimento da pena para as 34 acusações de fraude no pagamento de dinheiro pelo silêncio da atriz pornô Stormy Daniels — que só ocorrerá em 11 de julho. Até lá, republicanos leais e próximos ao ex-presidente defendem que não apenas o partido contra-ataque, como o próprio ex-presidente esquadrinhe uma vingança, caso ele seja eleito.

Steve Bannon, que foi o principal articulador de sua campanha em 2016, defende que Trump, caso eleito, deveria intervir pela prisão de Alvin Bragg, o procurador estadual de Nova York que levou o caso de Stormy Daniels aos tribunais. “Claro que ele deveria — e vai ser— preso”, disse Bannon à imprensa americana. Para ele (e o próprio Trump), a ação do procurador foi partidária, já que ele foi escolhido por uma maioria democrata no estado de Nova York.

Bannon tem suas rusgas com Alvin Bragg — um caso aberto pelo procurador contra o estrategista de Trump deve ir aos tribunais em setembro — mas sua opinião está longe de ser única dentro do núcleo duro do ex-presidente. Stephen Miller, que foi conselheiro do presidente em seu primeiro mandato e que agora desenha a política migratória de Trump, já cobrou publicamente os republicanos pressionem procuradores nos seus estados.

“Os legislativos estaduais comandados por republicanos estão usando seu poder de investigação em toda maneira possível agora? Todos os procuradores estaduais republicanos estão abrindo cada investigação que eles precisam abrir agora mesmo?”, questionou o conselheiro de Trump à Fox News, no final de semana. “Cada faceta de poder e política do partido Republicano tem de ser usada agora para estar no encalço do Marxismo e bater estes comunistas”, continuou, usando o vocabulário próprio da ala apoiadora do presidente do partido.

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