Crusoé: A melhor oportunidade para destruir as instalações nucleares do Irã
"Israel tem, neste momento, a liberdade de ação, os meios e uma liderança em condições de tomar a decisão", diz o coronel da reserva Paulo Filho
O lançamento de 181 mísseis balísticos iranianos a Israel nesta terça, 1º, abriu uma janela de oportunidade para destruir as instalações nucleares do Irã.
A ação matou um palestino, perto da cidade de Jericó. Outras pessoas ficaram feridas com a queda dos destroços dos mísseis interceptados no ar.
Ainda na noite da terça, 1º, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu (foto) reuniu-se com seu gabinete de guerra em um bunker de Jerusalém para avaliar as medidas seguintes.
Entre as possibilidades estão assassinatos seletivos de pessoas do alto escalão no regime do Irã, a destruição dos sistemas de defesa antiaérea do país, de suas instalações nucleares ou de suas plataformas de gás e petróleo.
“O Irã cometeu um grande erro esta noite e vai pagar por isso“, disse Netanyahu.
Para o coronel da reserva Paulo Filho, Israel tem agora a oportunidade de atacar as instalações nucleares do Irã.
“A oportunidade para Israel realizar um ataque às instalações nucleares iranianas pode não aparecer em uma futura crise. Talvez, daqui a alguns anos, Israel já encontre o Irã detentor de uma arma nuclear. Então Israel tem, neste momento, a liberdade de ação, os meios e uma liderança em condições de tomar a decisão de atacar as instalações nucleares iranianas“, diz o coronel da reserva Paulo Filho, especialista em geopolítica.
“É provável, que Israel tente um ataque contra uma instalação dessas, por causa da oportunidade.”
Paulo Filho acha difícil que Israel mire as plataformas de petróleo e gás natural. Esses alvos poderiam fazer parte de uma estratégia de minar a economia iraniana, na esperança de promover uma mudança de regime. Mas o Irã tem conseguido controlar a população e não há um grupo capaz de ameaçar ou substituir a teocracia xiita.
“Para um regime como esse cair, seria necessário haver uma facção ou uma liderança capaz de assumir o país, e isso não me parece estar presente neste cenário“, diz Paulo Filho.
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