Cinco países boicotam Israel no Eurovision 2026

12.12.2025

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Cinco países boicotam Israel no Eurovision 2026

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 11.12.2025 19:52 comentários
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Cinco países boicotam Israel no Eurovision 2026

Islândia se junta a Espanha, Holanda, Irlanda e Eslovênia em protesto contra a permanência de Israel no concurso musical europeu

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Cinco países boicotam Israel no Eurovision 2026

A Islândia é o quinto país a anunciar sua ausência do Festival Eurovision 2026, um dos mais importantes festivais de música do mundo, em protesto contra a manutenção da participação de Israel no evento. A decisão da emissora pública islandesa, RÚV, intensifica a crise europeia.

Holanda, Eslovênia, Irlanda e Espanha já haviam confirmado a desistência na última semana, logo após a União Europeia de Radiodifusão (EBU) confirmar a presença israelense na competição.

O evento será realizado na Áustria, país vencedor do Eurovision 2025. Embora Israel não seja parte da Europa, sua presença é permitida desde 1973 por ser um estado-membro da EBU, assim como a Austrália.

Boicote por Gaza

A pressão exercida sobre a organização do Eurovision 2026 para vetar Israel não obteve êxito, mas o boicote das cinco emissoras sinaliza que o impasse está longe de uma resolução. A RÚV, emissora da Islândia, justificou sua decisão: “Dado o debate público neste país, (…) é claro que nem a alegria nem a paz prevalecerão com a participação da RÚV no Festival Eurovision”.

O boicote corresponde à visão sobre o conflito humanitário em Gaza. A RTE, emissora irlandesa, afirmou que a presença de Israel é vista como “injusta, dada a terrível perda de vidas em Gaza e a crise humanitária que continua a colocar em risco a vida de tantos civis”.

A reação desses cinco países, incluindo a Espanha, que é reconhecida como um participante significativo e contribui financeiramente, demonstra a dificuldade de manter a neutralidade do evento. Em 2022, a EBU demonstrou capacidade de intervenção ao banir a Rússia após a invasão da Ucrânia, um precedente frequentemente citado no debate atual.

Alegações de manipulação e reformas da EBU

Além da crise em Gaza, as emissoras manifestaram descontentamento com as suspeitas de manipulação de votos no Eurovision 2025. A cantora israelense Yuval Raphael obteve o segundo lugar no concurso daquele ano com a música “New Day Will Rise”, conquistando o maior volume de votos populares.

Diversas organizações contestaram o resultado e acusaram o governo israelense de orquestrar ações coordenadas para influenciar o voto telefônico. Em 2025, antes da competição, a letra da canção de Yuval Raphael precisou ser alterada por conter elementos considerados políticos, o que é proibido pelas regras.

Em resposta às críticas, a EBU, organizadora do festival, modificou as normas de votação para o próxima edição. As novas diretrizes incluem a possibilidade de auditorias independentes, caso haja suspeitas de irregularidades. O peso das avaliações dos jurados técnicos será ampliado em relação ao voto do público, e campanhas governamentais associadas às músicas serão proibidas.

A EBU expressou em nota que os membros demonstraram “claro apoio às reformas para reforçar a confiança e proteger a neutralidade”. Contudo, o esforço da entidade não persuadiu todas as partes, visto que os cinco países não apenas não enviarão representantes, mas também não deverão transmitir a final. Autoridades israelenses, por sua vez, acusaram nações europeias de tentarem politizar o festival.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, reforçou a importância de sua nação no cenário global após a confirmação de sua participação: “Israel merece ser representado em todos os palcos ao redor do mundo, uma causa com a qual estou total e ativamente comprometido. Espero que a competição continue a defender a cultura, a música, a amizade entre nações e a compreensão cultural transfronteiriça”.

O que é o Eurovision?

Realizado desde 1956, o Eurovision é um dos mais importantes festivais de música do mundo. Cada país participante indica uma canção com a qual competir, escolhida em festivais nacionais por meio de emissoras públicas. O vencedor é pelos votos do júri e do público. As semifinais e finais são transmitidas para todo o mundo em grandes shows.

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