Chip cerebral da Neuralink amplia debate ético
A empresa Neuralink, pertencente a Elon Musk, tem causado grande agitação com o desenvolvimento de um chip cerebral que promete permitir aos humanos controlar objetos com o poder da mente. Apesar da empolgação com a promessa de avanços tecnológicos, muitos cientistas expressaram preocupações éticas sobre o dispositivo.< O que é e o que promete o...
A empresa Neuralink, pertencente a Elon Musk, tem causado grande agitação com o desenvolvimento de um chip cerebral que promete permitir aos humanos controlar objetos com o poder da mente. Apesar da empolgação com a promessa de avanços tecnológicos, muitos cientistas expressaram preocupações éticas sobre o dispositivo.<
O que é e o que promete o chip cerebral da Neuralink?
Os primeiros testes com seres humanos da empresa foram realizados em janeiro deste ano, com a promessa de que um paciente conseguisse mover um mouse de computador usando apenas a telepatia. O fundador da Neuralink, Elon Musk, sugeriu que a empresa está caminhando para que o paciente possa, eventualmente, clicar com o mouse. Tal avanço tecnológico pode ser um marco para pessoas com paralisia, como tetraplégia, que podem beneficiar-se muito desta inovação
Especialistas questionam a transparência e a ética por trás do experimento
Porém, alguns cientistas têm questionado a transparência da Neuralink em relação aos experimentos. Além do tuíte inicial de Musk, os testes realizados com o chip cerebral não foram registrados no repositório ClinicalTrials.gov, referência técnica para muitos profissionais da área da saúde.
Além disso, com a falta de informações públicas sobre o experimento, especialistas também questionam até que ponto a segurança é priorizada durante esses testes e os resultados que estão sendo avaliados.
Controvérsias na aprovação da FDA e preocupações éticas
Apesar das dúvidas em torno do projeto, a Food and Drugs Administration (FDA), órgão regulador de alimentos e medicamentos dos EUA, aprovou o procedimento. Porém, a agência havia rejeitado um primeiro pedido da Neuralink para os ensaios clínicos devido a preocupações envolvendo a bateria de lítio e possíveis danos ao tecido cerebral.
Em meio a estas controvérsias, pesquisadores também refletiram sobre o uso ético do chip cerebral. Enquanto a proposta inicial do chip é auxiliar pessoas com paralisia, a aplicação do dispositivo pode ultrapassar esse limite, permitindo que qualquer indivíduo controle um computador usando apenas a mente. Isto tem levantado um debate sobre os aspectos éticos do projeto.
Assim, embora haja entusiasmo com a inovação tecnológica, fica evidente que ainda existem muitas preocupações e perguntas a serem respondidas antes que o chip cerebral da Neuralink se torne uma realidade para todos nós
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