No último mês, um grave incidente diplomático veio à tona envolvendo a Guarda Costeira das Filipinas e a China no disputado Mar do Sul da China. Segundo relatos recentes, a China impediu as tentativas dos filipinos de evacuar um militar gravemente doente de uma área contestada, agravando as tensões existentes entre os dois países.

O confronto ocorreu perto do BRP Sierra Madre, um navio filipino que está permanentemente encalhado no Shoal de Second Thomas, uma área frequentemente no centro de disputas territoriais. O incidento foi rotulado pelas autoridades filipinas como um ato “bárbaro e desumano”, intensificando o debate sobre a ocupação e militarização do Mar do Sul da China.

O que ocorreu durante o incidente no Recife Thomas Segundo?

De acordo com Jay Tarriela, porta-voz da Guarda Costeira das Filipinas, barcos chineses assediaram as embarcações de resgate, mesmo após serem notificados de que se tratava de uma operação médica urgente para evacuar o soldado enfermo. Apesar do avisado, as manobras chinesas complicaram a realização do resgate na primeira tentativa, realizada na terça-feira.

Qual foi a resposta da China?

Após os eventos, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, afirmou que a China permitiria operações de resgate e suprimento, contanto que fossem notificadas previamente. No entanto, também advertiu que essas operações não deveriam servir de pretexto para transportar materiais de construção ou para facilitar uma ocupação permanente do local pelas Filipinas.

Como a situação foi resolvida?

O chefe militar das Filipinas, Romeo Brawner, informou que uma segunda tentativa de retirada foi bem-sucedida no dia seguinte, com intervenção da Guarda Costeira das Filipinas, garantindo a segurança e o bem-estar do militar doente. Esse sucesso veio após uma negociação tensa e demonstrações de poder naval na região.

A disputa territorial no Mar do Sul da China

O Mar do Sul da China é cenário de intensas disputas territoriais envolvendo vários países. A China, que reivindica a maior parte dessa área estratégica, tem aumentado significativamente sua presença militar na região. O local é fundamental, funcionando como um corredor para um tráfego anual de mais de 3 trilhões de dólares em comércio marítimo. Além disso, é rico em recursos naturais como petróleo e gás.