A China realizou entre domingo (25) e segunda-feira (26) a maior incursão aérea ao redor de Taiwan desde que a presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, visitou Taipé em agosto.

Segundo o Ministério da Defesa da ilha, 71 aeronaves de combate, incluindo caças e drones, entraram na zona de identificação de defesa aérea de Taiwan nas últimas 24 horas.

A atividade ocorreu após o Congresso americano aprovar o envio de até US$ 10 bilhões em assistência de segurança para a ilha, algo entendido pelos chineses como uma “séria provocação”.

“Foi uma resposta resoluta à escalada do conluio e das provocações dos Estados Unidos e de Taiwan. As tropas do Comando tomarão as medidas necessárias para defender firmemente a soberania nacional e a integridade territorial”, disse o porta-voz do Comando do Teatro Oriental, coronel Shi Yi.

O Ministério de Defesa taiwanês disse que a “a ‘intimidação militar’ relacionada ao Partido Comunista da China tem claramente como alvo dissuadir nosso povo, o que não ajudará na imagem internacional do PCC”.

“As Forças Armadas [taiwanesas] vêm monitorando a situação e orientaram patrulhas de combate e aéreas, navios da Marinha e sistemas de mísseis terrestres para responder a essas atividades […] Isso novamente mostra que os comunistas chineses simplesmente querem usar força para resolver disputas”, acrescentou.

O gabinete da presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, disse que ela irá convocar uma reunião de segurança nacional de alto nível na manhã de terça-feira (27) para discutir o reforço do sistema de defesa civil da ilha.