Canadá inicia testes com psilocibina para depressão
Explore a revolucionária psicoterapia com psilocibina no tratamento da depressão por uma equipe canadense com contribuição brasileira.
Um grupo de pesquisadores do Canadá, incluindo três brasileiros, está chamando atenção na comunidade científica ao oferecer novos enfoques em testes clínicos de psicoterapia com psilocibina para tratamento de depressão.
Ao contrário de estudos anteriores, que utilizavam doses únicas ou múltiplas fixadas de antemão, a abordagem adotada permitiu a administração de mais de uma dose do psicodélico em caso de recaída, adaptando-se assim à necessidade de cada paciente.
Características do estudo e seus participantes
O ensaio clínico contou com a participação restrita de 30 voluntários, que foram convocados através das clínicas de cetamina da Braxia Health. Uma de suas inovações foi incluir no grupo de estudo pacientes ultra-resistentes, aqueles com depressão bipolar e comorbidades como abuso de substâncias e ideação suicida – perfis que costumam ser excluídos de outras pesquisas devido à complexidade de seus casos.
Detalhes e resultados da pesquisa
O estudo, que teve duração de quase dois anos (entre novembro de 2021 e julho de 2023), foi liderado por Joshua Rosenblat, da Universidade de Toronto. No processo, os pacientes passaram por quatro sessões de psicoterapia, onde puderam falar abertamente sobre suas experiências com o uso de psicodélicos. O resultado foi uma significativa redução na severidade de seus sintomas depressivos, comprovada por uma queda na pontuação obtida na escala Montgomery-Åsberg Depression Rating Scale (MADRS).
A contribuição brasileira
A pesquisa contou com importantes contribuições brasileiras. Entre os três brasileiros no time estão Elisa Brietzke, psiquiatra da Queen’s University em Ontario, que atuou como terapeuta na pesquisa, Fabiano Gomes, que trabalha na Universidade McMaster, e Rodrigo Mansur, da Universidade de Toronto, que foi o primeiro aluno de doutorado de Brietzke na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Advertências e recomendações
Embora os psicodélicos estejam demonstrando potencial promissor como tratamentos para algumas condições de saúde mental, eles ainda são terapias experimentais. Portanto, é fundamental que os pacientes busquem a orientação de profissionais de saúde qualificados antes de decidirem explorar essas substâncias. Além disso, é importante lembrar que psicodélicos não são a cura para todos os transtornos mentais, e definitivamente não devem ser utilizados de maneira irresponsável ou sem supervisão médica.
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