Bolsonaro é incapaz de gerir a economia ou a crise sanitária, diz Financial Times
Jair Bolsonaro foi tema de editorial do Financial Times nesta segunda-feira (1º), e o tradicional jornal econômico do Reino Unido não tem nada de bom a dizer do presidente brasileiro...
Jair Bolsonaro foi tema de editorial do Financial Times nesta segunda-feira (1º), e o tradicional jornal econômico do Reino Unido não tem nada de bom a dizer do presidente brasileiro.
O texto, cujo título é “As falhas de Jair Bolsonaro vão muito além da pandemia”, diz logo no seu subtítulo que o presidente também será lembrado por “estragar a economia”.
O editorial resume para leitores estrangeiros o que os brasileiros já estão cansados de saber: a negligência criminosa de Bolsonaro diante da pandemia de Covid, as acusações da CPI, os pedidos de impeachment e a investigação pelo STF no inquérito das fake news. Também lembra que, graças a Augusto Aras e Arthur Lira, “poucos desses casos têm chance de progredir”.
“Porém a ameaça mais poderosa às esperanças de reeleição de Bolsonaro pode ser econômica, mais do que jurídica. Os mercados brasileiros despencaram na semana passada, devido ao temor de que seus planos de distribuir novos subsídios mensais de US$ 70 aos eleitores mais pobres prejudiquem as finanças já abaladas do país”, prossegue o FT.
O jornal britânico cita também Paulo Guedes, “ex-guru da ortodoxia fiscal, convencido a liberar US$ 14 bilhões a mais no próximo ano para ajudar a financiar a farra de gastos pré-eleitorais”.
E conclui da seguinte forma:
“Bolsonaro venceu as eleições [de 2018] em grande parte porque os brasileiros acreditavam que ele seria um melhor administrador da economia do que a esquerda, cujos 13 anos no poder terminaram numa grave crise econômica. Alguns eleitores estavam preparados para ignorar sua homofobia, sua obsessão por armas e generais e suas sombrias credenciais ambientais, na esperança de que ele trouxesse prosperidade.
Em vez disso, ao entrar no último ano de seu mandato, Bolsonaro se mostrou incapaz de administrar a economia ou a pandemia, e a maior nação da América Latina está pagando um preço alto. Para o Brasil, as eleições de 2022 vão custar a chegar.”
O Antagonista aposta que já há bolsonaristas por aí chamando o Financial Times de “comunista”.
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