Bilionário é preso por envolvimento com rede de tráfico sexual
CEO de startup americana é acusado de pagar por sexo com mulheres traficadas em prostíbulos de luxo
Anurag Bajpayee, CEO da Gradiant, uma das principais startups de tecnologia ambiental dos Estados Unidos, foi preso durante uma operação que desmantelou uma sofisticada rede de prostituição em Boston.
A empresa, avaliada em mais de US$ 1 bilhão e especializada em tratamento de água, optou por defender seu executivo mesmo após a revelação de seu envolvimento direto com um esquema que explorava sexualmente mulheres asiáticas.
O caso veio à tona após a divulgação de documentos judiciais que listam dezenas de homens influentes como clientes regulares dos prostíbulos, localizados em apartamentos de luxo nas cidades de Cambridge, Watertown e arredores de Washington.
Entre os serviços oferecidos estavam encontros de até US$ 600 por hora e o chamado “pacote de experiência de namorada”, prática comum em redes de exploração sexual disfarçadas de agências de acompanhantes.
De acordo com os promotores, as vítimas eram submetidas a jornadas exaustivas, sob vigilância constante, e obrigadas a entregar grande parte dos lucros aos operadores do esquema.
A investigação revelou um sofisticado sistema de agendamento, com exigência de referências pessoais e documentos de identidade dos clientes – dados que agora servem como prova contra os envolvidos.
A reação da Gradiant, entretanto, causou perplexidade. Em nota, a empresa afirmou confiar na Justiça e reiterou seu “compromisso com a excelência e a inovação”, sem mencionar diretamente os crimes atribuídos a seu CEO.
A postura contrasta com a de outras instituições que já afastaram funcionários citados no caso.
O escândalo não se limita ao setor privado. Paul Toner, vereador da cidade de Cambridge e também citado nas investigações, vem enfrentando crescentes pedidos de renúncia. Em pronunciamento, limitou-se a pedir desculpas públicas à família.
A operação resultou na condenação de Han Lee, responsável pela administração da rede, a quatro anos de prisão.
Ela se declarou culpada por conspiração para prostituição e lavagem de dinheiro, sendo obrigada a devolver US$ 5,5 milhões obtidos com o tráfico de mulheres.
As revelações expõem uma teia de cumplicidade entre elites políticas, empresariais e acadêmicas com o submundo da exploração sexual.
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