Biden sobre imunidade de Trump: “Qualquer presidente estará livre para ignorar a lei”
Decisão tornada pública nesta segunda-feira, 1º, deve atrasar julgamentos, o que favorece a candidatura do republicano
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (foto), criticou a decisão da Suprema Corte desta segunda-feira, 1º de julho, que reconheceu a imunidade do ex-mandatário Donald Trump por atos relacionados à invasão ao Capitólio de 6 de janeiro de 2020.
“Sei que respeitarei os limites do poder presidencial como tenho feito durante os três anos e meio, mas qualquer presidente, incluindo Donald Trump, estará agora livre para ignorar a lei”, afirmou o democrata.
Por sua vez, Trump comemorou a decisão desta segunda.
O documento de de 119 páginas, escrito em sua maioria pelo presidente da Suprema Corte, John Roberts, praticamente elimina a chance de Trump ser incomodado pelos tribunais na campanha para a eleição de novembro deste ano.
“Eu fui assediado pelo Partido Democrata, por Joe Biden, por Obama e por seus criminosos fascistas e comunistas por anos, e agora as Cortes falaram“, disse o ex-presidente e pré-candidato republicano.
No principal caso, uma Corte federal se preparava para julgar Trump por supostamente ter incitado manifestantes a invadir o prédio Congresso americano, em 6 de janeiro de 2021.
A decisão da Suprema Corte, divulgada nesta segunda, afirma que ex-presidentes têm imunidade em relação a “atos oficiais” vinculados à sua atividade como presidente.
Com isso, caberá aos juízes que cuidam dos casos de Trump analisar se os supostos delitos teriam sido durante a realização de “atos oficiais” ou não.
Ao incluir esse passo nos casos, os “justices” da Suprema Corte atrasaram qualquer possível sentença contra Trump.
Caso ele seja eleito, Trump poderá ordenar o Departamento de Justiça a derrubar os casos contra ele ou perdoar a si próprio, livrando-se das acusações.
“Concluímos que, sob a nossa estrutura constitucional de poderes separados, a natureza do poder presidencial exige que um ex-presidente tenha alguma imunidade de processo criminal por atos oficiais durante o seu mandato. Pelo menos no que diz respeito ao exercício dos principais poderes constitucionais pelo presidente, a imunidade deve ser absoluta“, escreveu o presidente do tribunal, John Roberts.
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