Audiência desastrosa causa reações e futuro de reitoras é incerto
Reitoras das universidades de elite americanas Harvard, Penn (Universidade da Pensilvânia) e MIT estão sob fogo cruzado após audiência desastrosa na terça-feira, 5, quando deram...
Reitoras das universidades de elite americanas Harvard, Penn (Universidade da Pensilvânia) e MIT estão sob fogo cruzado após audiência desastrosa na terça-feira, 5, quando deram respostas evasivas, burocráticas e insensíveis quando pressionadas a condenar o antissemitismo nas instituições que lideram.
As três responsáveis por algumas das mais importantes universidades americanas chocaram o mundo ao se recusarem a classificar, de forma clara e categórica, que pedidos de “genocídio de judeus” ou de uma nova “intifada” (“revolta”, em árabe) fossem classificados como “assédio” e passíveis de investigação e punição.
Elas presidem instituições obcecadas com conceitos subjetivos e imprecisos como “microagressões”, “preconceito inconsciente” e “gatilhos emocionais”, regularmente usados para instrumentalizar patrulhas ideológicas e o cerceamento da liberdade de expressão, mas quando as vítimas são judeus, o discurso de ódio é relativizado, “precisa de contexto” e só deve ser cerceado se virar ação.
As reitoras protagonizaram um desastre de relações públicas que atinge diretamente a imagem das suas universidades, causando críticas generalizadas de todos os lados. Até o governador democrata da Pensilvânia, Josh Shapiro, disse que a resposta de Elizabeth Magill, reitora da Penn, foi “inaceitável”. Magill foi às redes sociais ontem se retratar, mas o estrago estava feito.
“É inacreditável que isso precise ser dito: gritos pedindo genocídio são monstruosos e contra tudo o que representamos como país”, disse o porta-voz da Casa Branca, Andrew Bates.
Autor do livro The Coddling of the American Mind (algo como a mente americana mimada), o psicólogo social Jonathan Haidt publicou um texto em seu perfil no X, ex-Twitter, para traduzir as contradições das instituições de ensino superior americanas na expressão “antissemitismo institucional”, em alusão ao conceito de “racismo institucional”, elaborado e instrumentalizado a partir das universidades dos EUA.
“O que me ofende é que, desde 2015, as universidades têm sido tão rápidas a punir ‘microagressões’, incluindo declarações com intenção de ser gentis, desde que uma pessoa de um grupo favorecido se ofenda”, criticou Haidt.
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“Antissemitismo institucional”
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