Atirador de Trump fez pesquisa na internet sobre assassinato de JFK
Segundo o chefe do FBI, Thomas Crooks, morto pelo Serviço Secreto após o atentado, pesquisou distância entre Lee Harvey Oswald e o presidente
Em depoimento à Comissão de Justiça da Câmara dos EUA nesta quarta-feira (24), o diretor-geral do FBI (a polícia federal americana), Christopher Wray, revelou que o atirador que tentou matar Donald Trump pesquisou on-line sobre o assassinato do presidente John F. Kennedy (foto), em 22 de novembro de 1963, informa o New York Times.
Kennedy, que tinha 46 anos, foi morto quando desfilava em carro aberto por Dallas, no Texas —segundo as investigações oficiais, por tiros de fuzil disparados por Lee Harvey Oswald da janela de um depósito de livros.
Detido, Oswald foi assassinado quando era transferido de prisão, dois dias após ter matado o presidente.
De acordo com Wray, o atirador Thomas Matthew Crooks pesquisou na internet “a que distância estava Oswald de Kennedy” uma semana antes do atentado contra Trump, quando o ex-presidente fazia um comício eleitoral na Pensilvânia, no dia 13 de julho.
Crooks, que tinha 20 anos, foi morto por agentes do Serviço Secreto americano logo depois dos disparos de AR-15 que feriram a orelha do republicano e mataram uma pessoa que assistia ao evento.
‘Busca significativa’
Segundo Christopher Wray, no mesmo dia em que fez a pesquisa on-line, 6 de julho, Crooks parece ter se registrado para participar do comício onde Trump iria discursar dali a uma semana.
“Essa é uma busca que obviamente é significativa em termos de seu estado de espírito”, disse o diretor do FBI, acrescentando que as buscas do atirador naquela época “se tornaram muito focadas no ex-presidente Trump e neste comício”.
De acordo com Wray, Crooks visitou no dia seguinte o local em Butler, Pensilvânia, onde seria realizado o comício e ficou cerca de 20 minutos no local. Ele voltaria duas vezes no dia do tiroteio, por cerca de 70 minutos pela manhã e depois naquela tarde, quando pareceu pilotar um drone nas proximidades por cerca de 11 minutos.
Na última terça (23), após pressão de republicanos e democratas, a chefe do Serviço Secreto dos EUA, Kimberly Cheatle, renunciou ao cargo. Em depoimento ao Congresso americano, Cheatle admitiu que a agência falhou em evitar a tentativa de assassinato do ex-presidente.
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