Até o Black Lives Matter criticou escolha de Kamala Harris: “Partido de hipócritas”
A organização extremista exigiu que os democratas realizem imediatamente uma primária virtual informal antes da convenção de agosto
O movimento de extrema-esquerda Black Lives Matter (BLM) expressou forte descontentamento com a escolha ainda não oficial da vice-presidente Kamala Harris como candidata do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos.
A organização, conhecida por suas posturas radicais, acusou o partido de “hipocrisia” ao não realizar um processo de votação pública para a indicação de Harris.
Após semanas de pressão interna, o presidente Joe Biden desistiu de concorrer à reeleição e nomeou Harris como sua sucessora. Em um comunicado divulgado nesta terça-feira, o BLM afirmou que “um processo de 24 horas de conversas com líderes partidários não é democrático, nem um processo que os democratas deveriam se orgulhar”.
O BLM, que ganhou destaque em 2020 com protestos nacionais após a morte de George Floyd, pede que a Convenção Nacional Democrata (DNC) crie um processo que permita a participação pública na nomeação dos candidatos.
“Nós não vivemos em uma ditadura. Delegados não são oligarcas. Escolher Kamala Harris como a candidata democrata e um vice-presidente desconhecido sem qualquer processo de votação pública tornaria o Partido Democrata moderno um partido de hipócritas,” disse a organização em um comunicado.
A organização exigiu que o DNC realize imediatamente uma primária virtual informal antes da convenção de agosto. “Chamamos o Comitê de Regras a criar um processo que permita a participação pública na nomeação, não apenas uma nomeação por delegados partidários,” afirmou o BLM.
O BLM argumenta que o atual cenário político é sem precedentes, com Biden saindo da corrida de uma maneira nunca vista antes, e que este momento exige uma ação decisiva para proteger a integridade da democracia e as vozes dos eleitores negros.
Enquanto a campanha de Harris não comentou oficialmente sobre as críticas do BLM, a pressão da organização ressalta a tensão dentro do Partido Democrata sobre a falta de um processo democrático mais transparente na escolha de seus líderes. A situação gera um debate acalorado sobre a legitimidade e a participação pública nas decisões políticas do partido.
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