Benny Gantz (foto), membro da oposição a Benjamin Netanyahu que integra o gabinete de Guerra, defendeu em vídeo a continuidade das operações militares de Israel, inclusive em Rafah, na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, após o Hamas ter disparado oito foguetes contra Tel Aviv neste domingo, 26 de maio.

“Os ataques de Rafah hoje provam que as Forças de Defesa de Israel devem operar em todos os lugares onde o Hamas esteja, e assim será.

O mundo precisa saber: aqueles que mantêm nossos sequestrados, que bombardeiam nossas cidades e que espalham o terror são os responsáveis. Os terroristas do Hamas são criminosos de guerra. Vamos acertar contas com todos eles, mais cedo ou mais tarde”, disse Gantz.

Uma fotografia tirada por um soldado israelense perto da passagem de Rafah mostra o rastro de fumaça branca no céu a uma curta distância. A proximidade entre terroristas e tropas ilustra as dificuldades que Israel enfrenta ao tentar destruir a infraestrutura do Hamas na cidade, onde o grupo também se aproveita da densidade do ambiente urbano e de seu labirinto de túneis subterrâneos e esconderijos.

Na sexta-feira, 24, a Corte Internacional de Justiça emitiu uma decisão ambígua, como detalhou O Antagonista, instruindo Israel a interromper atividades militares que poderiam resultar na destruição da população civil local. Israel tem levado adiante a ofensiva desde a decisão, argumentando que ela deixa espaço para operações em Rafah que não resultam em riscos para palestinos.

“O que nos pedem é que não cometamos genocídio em Rafah. Não cometemos genocídio e não cometeremos genocídio”, disse o conselheiro de segurança nacional de Netanyahu, Tzachi Hanegbi, ao canal 12 de notícias. no sábado, 25.

Hamas dispara foguetes contra Tel Aviv

O grupo terrorista Hamas voltou a lançar foguetes neste domingo, 26, contra Tel Aviv. 

Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), oito foguetes foram identificados cruzando a região de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em direção ao território israelense. Vários desses projéteis foram interceptados pelo sistema de defesa aéreo israelense.

Até o momento, não há relatos de vítimas ou danos. Sirenes foram disparadas em Tel Aviv pela primeira vez em quase quatro meses.

Outras cidades e vilarejos, como Herzliya e Petah Tikva, também soaram alarmes de alerta.