Astrônomos capturam as primeiras imagens de colisões de corpos celestes em um sistema estelar próximo
Um vislumbre raro do caos cósmico
Astrônomos registraram pela primeira vez imagens diretas de colisões entre grandes corpos em um sistema planetário fora do nosso.
O fenômeno foi observado ao redor da estrela Fomalhaut e está sendo descrito como uma oportunidade única de observar, em tempo real, processos semelhantes aos que moldaram o Sistema Solar em seus primeiros estágios.
Colisões em Fomalhaut revelam o passado do Sistema Solar
Fomalhaut é uma estrela relativamente próxima da Terra e extremamente jovem em termos astronômicos. Esse tipo de sistema é conhecido por ser altamente violento, marcado por impactos frequentes entre rochas espaciais, asteroides e planetesimais.
Ao observar essas colisões, os cientistas conseguem enxergar como era o ambiente ao redor do Sol quando os planetas ainda estavam se formando, em uma fase caótica que antecedeu a estabilidade atual do Sistema Solar.

Como os astrônomos detectaram essas colisões espaciais
Os eventos observados não mostram diretamente os corpos se chocando, mas sim as enormes nuvens de poeira geradas após os impactos. Essas nuvens passam a refletir a luz da estrela, tornando-se visíveis para telescópios espaciais.
As observações feitas em momentos distintos mostraram pontos brilhantes que surgem, evoluem e desaparecem lentamente, um comportamento incompatível com planetas e típico de detritos espalhados por colisões recentes.
Por que essas imagens confundiram cientistas no passado
Durante anos, um desses pontos brilhantes foi interpretado como um possível planeta orbitando Fomalhaut. Apenas com novas análises foi possível entender que se tratava, na verdade, de uma nuvem de poeira em expansão.
Segundo os pesquisadores, esse tipo de confusão é comum, já que tanto planetas quanto nuvens de detritos podem aparecer como pequenos pontos de luz ao redor de estrelas jovens.
🆕 Hubble has seen asteroids colliding at a nearby star for the first time! ☄️
— HUBBLE (@HUBBLE_space) December 18, 2025
At just 25 light-years from Earth, Fomalhaut is one of the brightest stars in the night sky. In 2008, scientists discovered a possible planet around Fomalhaut – but it appears to be a dust cloud… pic.twitter.com/4amupfDLBA
O que as colisões dizem sobre planetesimais e cometas
O brilho das nuvens observadas indica que os objetos envolvidos nos impactos eram grandes e ricos em materiais voláteis, semelhantes aos cometas gelados do Sistema Solar. Isso reforça a ideia de que Fomalhaut abriga milhões de corpos desse tipo.
Os cientistas destacam que esse sistema funciona como um verdadeiro laboratório natural para entender como planetesimais se comportam, do que são feitos e como contribuem para a formação de planetas e luas.
Por que essas descobertas exigem cautela no futuro
Com o avanço de telescópios cada vez mais sensíveis, a tendência é detectar muitos pontos luminosos ao redor de estrelas jovens. Nem todos, porém, serão planetas.
Os pesquisadores alertam que futuras missões precisarão diferenciar cuidadosamente entre mundos em formação e simples nuvens de poeira geradas por colisões, evitando interpretações precipitadas sobre novos exoplanetas.
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