Argentina: Novo acordo com o FMI avança
Com um novo acordo com o FMI e maior atração de investimentos estrangeiros, o governo argentino aposta que 2025 será o ano da consolidação de sua política econômica

O presidente da Argentina, Javier Milei, intensificou suas reformas econômicas e avança nas negociações com o Fundo Monetário Internacional para um novo acordo que pode garantir recursos adicionais ao país.
Uma missão do FMI desembarcou em Buenos Aires para tratar do novo programa de crédito, enquanto o ministro da Economia, Luis Caputo, retornou antecipadamente do Fórum Econômico Mundial em Davos para conduzir as tratativas diretamente com os representantes do órgão.
Os resultados das políticas de Milei começam a aparecer com mais clareza. A inflação anual caiu de 211% em dezembro de 2023 para 118% ao fim de 2024, atingindo o menor patamar desde julho do ano passado. Além disso, a inflação mensal fechou dezembro em 2,7%, a menor taxa em quatro anos. Esses números consolidam a tendência de desaceleração da escalada de preços, um dos principais desafios enfrentados pelo governo libertário.
A queda da inflação é resultado do severo ajuste fiscal promovido pelo presidente, que cortou gastos públicos, eliminou subsídios e paralisou a impressão de moeda para cobrir déficits. O mercado financeiro tem reagido positivamente às medidas, com um aumento no interesse de investidores estrangeiros pelo país.
Durante sua participação no Fórum de Davos, Milei se destacou ao apresentar a Argentina como um modelo de transformação econômica, defendendo a necessidade de adotar políticas de mercado para recuperar a prosperidade. Em seu discurso, atacou a ideologia woke e afirmou que governos precisam dizer a verdade à população, mesmo que isso signifique tomar decisões impopulares.
Outra frente que pode gerar impacto internacional é a possível saída da Argentina do Acordo de Paris. O governo estuda seguir os Estados Unidos e abandonar o tratado climático, sob o argumento de que as restrições ambientais prejudicam a competitividade da economia nacional. A decisão ainda não foi formalizada, mas já provoca reações.
As reformas de Milei começam a mostrar efeitos concretos. A forte redução da inflação e o reequilíbrio das contas públicas indicam uma retomada econômica mais rápida do que o previsto. Com um novo acordo com o FMI e maior atração de investimentos estrangeiros, o governo argentino aposta que 2025 será o ano da consolidação de sua política econômica.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (1)
Fabio B
29.01.2025 14:05Isso me lembra do caso desastroso do Brasil, no primeiro ano de governo Lula quando em meados dos anos 2000 ele trocou nossa dívida de juros baixos e longo prazo com o FMI pela divida interna com o oligopólio de bancões brasileiros, com juros bem maiores e prazos menores ainda. Os bancos após esse período nunca ganharam tanto dinheiro, todo ano batem recordes de lucros até hoje. E depois o lula ainda saiu cantando vantagem de "paguei a divida externa do Brasil"...