Argentina denuncia Venezuela ao TPI por sequestro de militar
Governo de Javier Milei classificou a detenção ilegal de Nahuel Gallo como "grave e flagrante c violação de direitos humanos"
O governo de Javier Milei, presidente da Argentina, denunciou a ditadura de Nicolás Maduro ao Tribunal Penal Internacional (TPI) pelo sequestro do militar Nahuel Gallo (foto) no último dia 8 de dezembro.
Em comunicado, a Argentina classificou o a prisão ilegal do policial como “grave e flagrante violação de direitos humanos”:
“Padrão sistemático de crimes contra a humanidade, que estão sendo cometidos na República Bolivariana da Venezuela“, diz trecho da denúncia.
E seguiu:
“O governo argentino continuará a utilizar todos os recursos legais e diplomáticos para garantir os direitos do cidadão Nahuel Gallo, proteger os direitos humanos e exigir justiça internacional“, concluiu.
No dia 27 de dezembro, o regime chavista processou formalmente Nahuel Gallo por terrorismo.
Segundo o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, o militar foi preso por “tentar entrar irregularmente na Venezuela” e por “fazer parte de um grupo ligado à extrema direita internacional”.
Desde a prisão, os familiares de Gallo não tinham sido informados sobre a confirmação da detenção.
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Pressão
Nos últimos dias de 2024, o Ministério da Segurança da Argentina enviou ao Itamaraty os documentos oficiais que comprovavam a autorização da Venezuela para Nahuel Gallo entrar no país.
No arquivo, consta uma carta-convite apresentada pela companheira de Nahuel Gallo avisando a funcionários do governo venezuelano sobre a sua chegada, segundo revelou o jornal InfoBae.
“Meu convidado é meu companheiro há mais de 5 anos e pai do meu filho mais novo, conhecendo-o como uma pessoa séria e responsável”, diz um trecho.
A esposa do militar explicou ainda que Nahuel Gallo estaria realizando uma viagem como turista à cidade de Puerto La Cruz com “fins exclusivamente recreativos“.
Após o envio dos documentos, a vice-presidência da República Bolivariana da Venezuela aprovou a licença de turismo.
A prisão de Gallo
O regime chavista de Nicolás Maduro prendeu o militar argentino Agustín Nahuel Gallo sob acusação de espionagem no dia 8 de dezembro.
De férias, Gallo viajou à Venezuela para visitar a esposa e o filho, que moram no país, e acabou detido pela ditadura.
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