Argentina: Aumento de violência ligada ao tráfico de drogas faz de Rosário a cidade mais perigosa do país
Descubra como Rosário enfrenta a crescente violência ligada ao tráfico de drogas com medidas drásticas e o Plano Bandeira.
Em Rosário, a terceira maior cidade da Argentina, a vida dos cidadãos transformou-se num pesadelo devido ao tráfico de drogas. Segundo dados recentes, Rosário possui atualmente a maior taxa de homicídios do país. O surto de violência tem-se intensificado, com um aumento de assassínios brutais de trabalhadores aleatórios que foram baleados. Esta onda de violência levou as autoridades provinciais e nacionais a implementarem uma série de medidas destinadas a eliminar a violência relacionada ao tráfico de drogas.
O efeito devastador do tráfico de drogas
Segundo o jornalista Germán de los Santos, do jornal La Nación, a taxa de homicídios em Rosário é quatro vezes superior à média nacional devido à disputa das facções pelo controle do tráfico de drogas na cidade. Rosário, localizada estrategicamente numa das principais rotas de transporte do país, a Hidrovia Paraguai-Paraná, tornou-se uma cidade em que o tráfico de drogas circula amplamente. Por sua vez, isso impulsionou a batalha pelo controle do narcotráfico na ela cidade, afetando diretamente a segurança de seus cidadãos.
Morte e desordem nas mãos do tráfico
O tráfico de drogas tem se transformado em uma fonte de extrema violência. Em Rosário, os cidadãos estão sujeitos à brutalidade das mais de 30 facções que operam e extorquem, mesmo com seus líderes atrás das grades. As disputas territoriais entre essas facções, com a ausência de grandes organizações hegemônicas, geraram um caos violento. Consequência direta destes conflitos é o aumento das mortes violentas.
O plano de ação contra a violência do tráfico de drogas
As autoridades provinciais e as nacionais tomaram medidas direcionadas a combater a violência relacionada ao tráfico de drogas. O Plano Bandeira, anunciado em dezembro de 2024, representa um grande esforço onde as forças federais trabalham em conjunto com os encarregados de segurança provinciais para combater o crime organizado. Este plano também propõe a segregação de “assassinos e traficantes” de “presos comuns” e faz inspeções periódicas nas prisões em busca de celulares clandestinos.
Apesar do aumento da violência, a governo acredita no sucesso destas medidas. De acordo com os números apresentados, os homicídios cometidos em vias públicas de Rosário caíram 57% dois meses após o início do Plano Bandeira.
O envio de militares e o temor da violação dos direitos humanos
Para combater a crise emergente, o governo argentino recorreu ao envio de militares para Rosário. Esta medida enfrenta a polêmica, pois as Forças Armadas argentinas só podem intervir ativamente em caso de ameaças externas. A expansão da atuação militar dentro do próprio país poderia reviver o trauma dos “anos de chumbo”, quando ocorreram graves violações aos direitos humanos por parte dos militares.
No entanto, em meio a essa trágica situação, onde cada cidadão enfrenta o terror cotidiano em Rosário, a melhoria imediata da segurança pode demandar ações drásticas.
Continuação da luta contra o tráfico de drogas
A cidade de Rosário, outrora conhecida por ser berço de figuras históricas argentinas, atualmente luta contra o monstro da violência ligada ao tráfico de drogas. A batalha é dura e desafiadora, mas as autoridades estaduais e federais estão determinadas a restabelecer a paz e a segurança. Com a implementação de medidas como o Plano Bandeira e a assistência das Forças Armadas, a Argentina espera trazer de volta a tranquilidade e devolver a cidade aos seus habitantes.
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