Aparelhos do Hezbollah explodiram por uso de PETN; entenda
Baterias com PETN, explosivo de difícil detecção, foram usadas para sabotar aparelhos do grupo terrorista
O grupo terrorista Hezbollah foi alvo de uma onda de explosões nos últimos dias quando centenas de walkie-talkies e pagers usados por seus membros detonaram no sul do Líbano e em subúrbios de Beirute. Novas informações indicam o uso do PETN (Tetranitrato de Pentaeritritol), um explosivo militar de alta potência, conhecido por sua difícil detecção, nos aparelhos.
O PETN é um composto químico semelhante à nitroglicerina, altamente sensível a choques e calor. É amplamente utilizado em explosivos militares devido à sua alta eficiência, mesmo em pequenas quantidades. Além disso, sua capacidade de passar despercebido por detectores convencionais o torna uma escolha comum em atentados terroristas. No caso do Hezbollah, o PETN foi integrado às baterias dos walkie-talkies, transformando dispositivos comuns de comunicação em bombas disfarçadas.
As explosões ocorreram um dia após milhares de pagers, também usados pelo Hezbollah, terem explodido em áreas controladas pelo grupo no Líbano, levantando suspeitas de uma ação coordenada de sabotagem. Segundo fontes da agência Reuters, o PETN foi inserido nas baterias dos aparelhos, dificultando sua identificação e tornando a sabotagem extremamente eficaz.
As imagens dos walkie-talkies explodidos revelaram etiquetas com a marca japonesa ICOM, que negou envolvimento e informou que os modelos identificados deixaram de ser produzidos há mais de uma década.
A empresa sugeriu que os dispositivos podem ter sido modificados para incluir explosivos, uma hipótese confirmada por especialistas, que apontaram para a possibilidade de o PETN ter sido colocado no compartimento da bateria, que é destacável e mais fácil de alterar.
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