ANVISA americana lista remédios que afetam direção
A lista inclui uma série de medicamentos, alguns muito populares e de uso comum
A Food and Drug Administration (FDA), a ANVISA americana, emitiu um alerta sobre o risco de dirigir sob o efeito de determinados medicamentos.
A agência, responsável pela regulamentação e segurança de alimentos e medicamentos nos EUA, adverte que, apesar de a maioria dos remédios ser segura para uso contínuo, alguns podem provocar efeitos colaterais que interferem na habilidade de conduzir veículos.
Os efeitos colaterais mencionados pela agência incluem sonolência, tontura, visão turva, desmaios, falta de coordenação, náusea, dificuldade de concentração ou atenção, e excitabilidade. “Alguns medicamentos podem afetar sua capacidade de dirigir pouco tempo após o consumo, enquanto para outros, os efeitos podem durar várias horas, ou mesmo até o dia seguinte”, informa o comunicado da ANVISA americana.
A recomendação inclui uma variedade de medicamentos, como antipsicóticos, medicamentos antiepiléticos, estimulantes, relaxantes musculares, opioides, benzodiazepínicos, remédios para dormir, alguns antidepressivos, e até medicamentos de venda livre, como anti-histamínicos, auxílios para dormir à noite, ou medicamentos para tosse que contenham codeína e hidrocodona.
Katy Dubinsky, farmacêutica de Nova York e CEO da Vitalize, destaca a importância da consciência sobre esses efeitos colaterais: “Eles reduzem significativamente a alerta e a visão clara, cruciais para a segurança ao dirigir e realizar tarefas diárias.” Dra. Shana Johnson, médica especializada em medicina física e reabilitação, observa que os depressores do sistema nervoso central são particularmente perigosos para motoristas, devido aos seus efeitos calmantes, que incluem sonolência, perda de foco e pensamento confuso.
Para quem está sob medicação, é recomendável consultar um profissional de saúde para orientações relacionadas à direção. Medicamentos para dormir, em particular, podem comprometer a capacidade de dirigir no dia seguinte. A agência sugere conversar com um profissional de saúde sobre maneiras de tomar a dose efetiva mais baixa, os melhores horários para o consumo antes de dormir e quando seria seguro dirigir novamente após a medicação.
Além disso, medicamentos para alergia que contêm anti-histamínicos também podem afetar a habilidade de dirigir, alerta a ANVISA americana. “Anti-histamínicos podem retardar seu tempo de reação, dificultar a concentração ou o raciocínio claro, e podem causar confusão leve mesmo que você não se sinta sonolento.”
A Dra. Johnson aconselha seus pacientes a experimentarem um novo medicamento quando não tiverem planos de dirigir, permitindo que vejam como ele os afeta e evitando potenciais situações perigosas.
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