“Antissemitismo institucional”
Viralizou nesta quarta-feira, 6, o vídeo que registra a relutância das reitoras de três das maiores universidades americanas em se posicionar contra o antissemitismo em...
Viralizou nesta quarta-feira, 6, o vídeo que registra a relutância das reitoras de três das maiores universidades americanas em se posicionar contra o antissemitismo em audiência no Congresso dos EUA. Questionadas pela deputada republicana Elise Stefanik,Mary Elizabeth “Liz” Magill, reitora da Universidade da Pensilvânia (Penn), Claudine Gay (foto), reitora da Universidade de Harvard, e Sally Kornbluth, reitora do Massachusetts Institute of Technology (MIT), dão respostas evasivas e dizem que condenar o discurso que defende o genocídio de judeus “depende do contexto”.
Autor do livro The Coddling of the American Mind (algo como a mente americana mimada), o psicólogo social Jonathan Haidt publicou um texto em seu perfil no X, ex-Twitter, para traduzir as contradições das instituições de ensino superior americanas na expressão “antissemitismo institucional”, em alusão ao conceito de “racismo institucional”, elaborado e instrumentalizado a partir das universidades dos EUA.
“Como professor que defende a liberdade de expressão no campus, posso simpatizar com as respostas ‘matizadas’ dadas ontem pelas reitoras das universidades, sobre se os apelos ao ataque ou à eliminação de Israel violam as políticas de discurso do campus. O que me ofende é que, desde 2015, as universidades têm sido tão rápidas a punir ‘microagressões’, incluindo declarações com intenção de ser gentis, desde que uma pessoa de um grupo favorecido se ofenda”, criticou Haidt.
“As reitoras dizem agora: ‘Os judeus não são um grupo favorecido, por isso ofender ou ameaçar os judeus não é assim tão mau. Para os judeus, tudo depende do contexto.’ Poderíamos chamar este duplo padrão de ‘antissemitismo institucional’. Reitores de universidades: Se vocês não vão punir os estudantes por pedirem a eliminação de Israel e dos israelenses, por mim tudo bem, mas SOMENTE se vocês também desmontarem imediatamente o aparato e as normas de policiamento da fala que vocês criaram em 2015-2016”, cobrou o psicólogo.
Haidt finaliza: “Por favor, leiam The Coddling of the American Mind. Greg Lukianoff e eu expusemos exatamente de onde veio o quadro opressor/vítima (cap. 3) , como ele se espalhou por alguns departamentos para ganhar poder sobre os administradores e a cultura do campus (capítulos 4 e 5), e como isso levou à criação de estruturas e processos burocráticos que agora nos fazem ensinar e aprender com casca de ovo (cap. 10). No capítulo 13, oferecemos conselhos aos líderes sobre como devolver as universidades à sua missão académica e recuperar a confiança do público”.
Por favor, leiam.
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