Amsterdã: bonde incendiado aos gritos de “Kankerjoden”
Testemunhas relataram que homens mascarados circulavam pelas ruas proferindo slogans como "Libertem a Palestina" e um transeunte foi violentamente retirado de sua bicicleta e agredido pelos manifestantes
As ruas de Amsterdã foram palco de uma nova onda de violência antissemita, na noite de segunda-feira, 11 de novembro, conforme relataram veículos de comunicação locais e perfis do X. Este é o segundo ataque contra judeus que ocorre na capital holandesa em menos de uma semana.
De acordo com o jornal De Telegraaf, um dos bondes da cidade foi incendiado por manifestantes vestidos de preto e armados com fogos de artifício. Os distúrbios foram marcados por gritos de “KankerJoden” (judeus câncer). No subúrbio oeste da cidade, os manifestantes pró- Palestina confrontaram as forças policiais.
Um porta-voz da polícia informou que o incêndio no bonde, localizado na Praça 40-45, provavelmente foi causado por fogos de artifício arremessados contra o veículo, que estava vazio no momento e não resultou em feridos.
Testemunhas relataram que homens mascarados circulavam pelas ruas proferindo slogans como “Libertem a Palestina” e um transeunte foi violentamente retirado de sua bicicleta e agredido pelos manifestantes.
Geert Wilders
O líder do Partido pela Liberdade (PVV), Geert Wilders, conhecido por sua defesa das comunidades judaicas e críticas às políticas de imigração e integração da Holanda, comentou sobre os eventos referindo-se a eles como “caça aos judeus” seguida de uma “Intifada”.
Wilders lidera o maior partido do Parlamento Holandês; contudo, devido à sua figura controversa na política do país, ele tem sido impedido de assumir cargos como o de Primeiro-Ministro ou ministro. Apesar disso, ele desempenha um papel crucial na formação do bloco governista e na orientação das políticas públicas.
Pogrom em 7 de novembro
Após um jogo entre Maccabi Tel Aviv e Ajax, Amsterdã enfrentou um pogrom que teve como alvo judeus e israelenses na cidade. Como resposta ao ataque, as autoridades municipais impuseram uma proibição temporária de três dias a todas as manifestações para preservar a ordem pública.
O governo holandês reforçou o controle nas fronteiras até 9 de dezembro devido aos distúrbios.
Durante protestos pró-Palestina realizados mais cedo na Praça Dam, no centro de Amsterdã, houve confrontos com a polícia de choque resultando em mais de 50 detenções, conforme reportado pela Deutsche Welle.
Centenas de manifestantes desrespeitaram a proibição previamente ratificada por um tribunal local, entoando palavras de ordem como “Libertem a Palestina” e “Vergonha”, exigindo o fim do conflito em Gaza.
Leia também: Caça aos judeus, ignorância coletiva e justificação do mal
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Comentários (1)
EUD
12.11.2024 07:56Uma Cidade Linda E Ordeira Um Alvo Do Turismo Mundial, De Repente Se Vê Badernada Por Neo-Nazistas !!!!!!!!!