Aliado de Meloni será vice-presidente da Comissão Europeia
Pela primeira vez, Raffaele Fitto, um político do partido italiano de direita Fratelli d'Italia (Irmãos da Itália), será nomeado um dos vice-presidentes da Comissão da UE
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresentou nesta terça-feira, 17 de setembro, a equipe que ocupará o poder Executivo do bloco em seu segundo mandato.
No cargo desde dezembro de 2019, Von der Leyen foi reconduzida para continuar na função de maior visibilidade na União Europeia até 2029 e designou seis vice-presidentes, incluindo o ministro das Relações Europeias da Itália, Raffaele Fitto, que será responsável pela pasta de Coesão e Reformas na UE.
Pela primeira vez, Raffaele Fitto, um político do partido italiano de direita Fratelli d’Italia (Irmãos da Itália), será nomeado um dos vice-presidentes da Comissão da UE. O anúncio foi feito pela presidente responsável, Ursula von der Leyen, no Parlamento da UE, em Estrasburgo.
Fitto foi anteriormente Ministro Europeu no governo da Primeira-Ministra italiana Giorgia Meloni e agora deverá se tornar Comissário para a Coesão e Reformas.Isto significaria que ele seria responsável, entre outras coisas, pelo Fundo Social Europeu e por um fundo para o desenvolvimento regional. O cargo também se destina a apoiar melhor as regiões mais pobres da UE.
Críticas da esquerda
O italiano é considerado polêmico por pertencer ao partido de direita de Meloni. Políticos dos Verdes, do SPD e da Esquerda no Parlamento Europeu criticaram a Presidente da Comissão Europeia pela sua decisão: “Ursula von der Leyen recompensa os nacionalistas de direita, disse o presidente dos eurodeputados do SPD, René Repasi.
Críticas ainda mais duras vêm das fileiras dos Verdes: “É completamente incompreensível que Raffaele Fitto, representante de um partido extremista de direita, receba o cargo de vice-presidente executivo”, disse o norte-alemão.
O presidente do grupo parlamentar de esquerda, Martin Schirdewan, disse que Fitto era um fantoche da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e que a nova composição da comissão era uma reverência à direita. Os Verdes e o SPD também criticaram o fato de que, no futuro, haverá provavelmente mais homens do que mulheres nos cargos políticos de topo da Comissão Europeia.
Apoio de círculos conservadores
Em Bruxelas, Fitto é visto por muitos como moderado e, acima de tudo, pró-europeu. O chefe do EPP, Manfred Weber (CSU), até o descreveu como um “construtor de pontes”. Segundo ele, a Comissão deve ser uma Comissão que una a Europa. E é por isso que faz campanha agressiva para que a Itália esteja bem representada na Comissão.
A Comissão da UE, com cerca de 32.000 funcionários, propõe leis para a comunidade de estados e monitora o cumprimento da legislação da UE. Se von der Leyen conseguir o que quer, a nova comissão deverá começar a trabalhar em 1º de novembro. Ainda não se sabe se isso pode funcionar.
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