Alexandre Borges na Crusoé: Os heróis da inteligência artificial
Numa sexta-feira comum de novembro, o mundo da tecnologia foi virado do avesso. Samuel Harris Altman (foto)...
Numa sexta-feira comum de novembro, o mundo da tecnologia foi virado do avesso. Samuel Harris Altman (foto), 38 anos, o rosto mais famoso da indústria da inteligência artificial (IA), foi demitido pelo board da OpenAI, num movimento que pegou todos de surpresa, do próprio Altman até a maior parceira e financiadora da empresa, a Microsoft.
O produto mais popular da empresa, o sistema de inteligência artificial ChatGPT, havia completado um ano de lançamento para o grande público e batido a marca, não confirmada, de 100 milhões de usuários. Em poucos meses, o mecanismo de conversa havia mudado o mundo para sempre e colocado gigantes como Google, Meta, Amazon e Apple na defensiva, tendo que explicar a seus investidores como tinham ficado para trás na corrida tecnológica mais importante da história.
A demissão de Altman, um dos pioneiros da inteligência artificial foi logo comparada a saída de Steve Jobs da Apple, em 1985. A ironia é que o mítico Jobs foi o paraninfo dos formandos da Universidade Stanford em 2005, quando proferiu um dos discursos motivacionais mais conhecidos e repetidos de todos os tempos. Entre os estudantes que lotaram o Stanford Stadium naquele domingo, estava o jovem Sam Altman, com apenas 20 anos. Ele disse que foi naquele momento, ao ouvir Jobs, que decidiu em definitivo mergulhar no mundo das startups de tecnologia.
Em menos de duas décadas, o adolescente assumidamente gay criado em St. Louis, a cidade mais violenta dos EUA, virava o líder da indústria que, para muitos, com a inteligência artificial, vai redefinir a vida no planeta e a própria ideia do que é ser humano. Um titã da tecnologia que em nada se parece com Jobs, mesmo na demissão.
Com um patrimônio avaliado atualmente em meio bilhão de dólares, Sam Altman foi contratado como o CEO da OpenAI em menos de uma semana depois de ser demitido, depois de um motim de setecentos funcionários e da própria Microsoft. Enquanto…
Leia mais: Assine a Crusoé e apoie o jornalismo independente.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)