Alerta Banco Mundial: Desigualdade gobal cresce
Desigualdade de renda cresce entre países pobres e ricos, mostra Banco Mundial. Saiba as causas
Em um relatório divulgado pela instituição nesta segunda-feira, foi destacado um cenário preocupante que marca uma reversão histórica no desenvolvimento global. Pela primeira vez no século, metade dos 75 países mais pobres do mundo estão vivenciando um aumento na lacuna de renda em comparação com as economias mais ricas.
A pesquisa aponta que, ao longo dos últimos cinco anos, a diferença no crescimento per capita entre as nações mais pobres e as mais ricas se ampliou consideravelmente. “Estamos testemunhando uma ausência de convergência. Estes países estão ficando mais pobres,” afirmou Ayhan Kose, economista-chefe adjunto do Banco Mundial e um dos autores do relatório, em entrevista à Reuters.
O Que Está Causando Este Alargamento da Lacuna de Renda?
Fatores como a pandemia da COVID-19, a invasão da Ucrânia pela Rússia, mudanças climáticas, e o aumento de violência e conflitos foram identificados como contribuintes significativos para esta tendência negativa. Curiosamente, o relatório destaca que o crescimento em muitos dos países abrangidos pela Associação Internacional de Desenvolvimento (AID) já estava desacelerando antes mesmo da pandemia.
Quais São as Implicações Desta Crescente Desigualdade?
O relatório do Banco Mundial traz à tona a possibilidade de uma “década perdida” de desenvolvimento para estes países sem uma mudança ambiciosa de políticas e apoio financeiro internacional significativo. Atualmente, uma em cada três nações auxiliadas pela AID está mais pobre do que antes da pandemia, e a maioria enfrenta graves problemas de dívida.
Como Reverter Essa Tendência?
Para combater essa realidade desoladora, são necessárias políticas ambiciosas. O relatório sugere esforços tanto nacionais quanto internacionais, incluindo fortalecimento de políticas fiscais, monetárias e financeiras, reformas estruturais para melhorar a educação e aumentar as receitas internas, e um suporte financeiro significativo da comunidade global.
Indermit Gill, economista-chefe do Banco Mundial, usou o exemplo de China, Índia e Coreia do Sul, que já estiveram entre os países mais pobres e conseguiram não apenas sair da extrema pobreza mas também melhorar significativamente os padrões de vida de suas populações. “O mundo não pode se dar ao luxo de virar as costas para os países AID,” ressaltou.
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