“Ajudaremos a defender Israel”, diz secretário de Defesa dos EUA
Declaração foi dada horas após o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, ser assassinado; Hamas e Irã prometeram vingança
Horas depois de o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, ser assassinado no Irã, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, reiterou nesta quarta-feira, 31, seu “compromisso inabalável” com a segurança israelense, prometendo defender Israel caso o país seja atacado.
“Nós certamente ajudaremos a defender Israel. Vocês nos viram fazer isso em abril [quando os EUA lideraram uma coalizão de forças que, junto com Israel, quase completamente frustrou um ataque iraniano a Israel com centenas de drones e mísseis]. Vocês podem esperar nos ver fazer isso de novo”, disse Austin, em coletiva de imprensa, referindo-se ao ataque do Irã a Israel em 13 de abril, quando mais de 300 mísseis e drones foram lançados contra o território israelense.
Israel ainda não comentou sobre o assassinato de Haniyeh.
EUA negam envolvimento na morte de Haniyeh
Em visita a Singapura, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que os Estados Unidos não estavam “cientes ou envolvidos” na morte do líder do Hamas.
Questionado sobre as possíveis repercussões da morte de Haniyeh, Blinken evitou especulações. “É muito difícil especular, e aprendi ao longo dos anos a nunca especular sobre o impacto que um evento pode ter sobre outro”, disse.
Blinken reforçou que um cessar-fogo é a melhor maneira de reduzir as tensões no Oriente Médio. “Temos nos concentrado em garantir que o conflito em Gaza não se espalhe para outras regiões e não escale”, disse ele. “A melhor maneira de diminuir a temperatura em todos os lugares e nos colocar em um caminho melhor é através de um cessar-fogo em Gaza.”
Mundo reage ao assassinato de Haniyeh
A morte de Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, no gerou reações variadas ao redor do mundo.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, condenou o assassinato, chamando-o de “ato covarde e um desenvolvimento perigoso” que não ficará sem resposta. O grupo Hamas responsabilizou Israel pelo ataque e afirmou que a morte de Haniyeh não enfraquecerá sua resistência.
O Conselho de Segurança Nacional do Irã declarou que a ação “cruzou linhas vermelhas” e que Israel pagará um preço alto. O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, prometeu vingança e reforçou o compromisso do Irã com a resistência palestina.
O aiatolá Ali Khamenei prometeu “punição severa” aos responsáveis e afirmou que é dever do Irã vingar o sangue de Haniyeh.
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