Acordo propõe troca de 150 prisioneiros por soldada israelense
Plano de paz proposto pelo Mossad inclui também trégua de seis semanas nos combates
O chefe do Mossad, David Barnea, delineou um acordo que prevê uma pausa nas hostilidades por seis semanas e a libertação de 150 terroristas condenados em troca de cada mulher militar das Forças de Defesa de Israel, segundo informações do The Wall Street Journal. A negociação ocorreu durante uma reunião em Paris nesta semana.
Este acordo estruturado em três etapas começa com um cessar-fogo, onde Israel pausaria todas as atividades militares, incluindo a vigilância por drones, permitindo ao Hamas preparar a libertação dos reféns.
A primeira fase também contempla a libertação de reféns civis, especificamente os idosos, enfermos e duas crianças, prometidas pelo Hamas em uma troca anterior de prisioneiros em novembro. A população de Gaza teria liberdade de movimento total dentro do território durante este período.
Segunda fase
Avançando para a segunda fase, o Hamas procederia com a liberação das soldadas israelenses, enquanto Israel intensificaria o envio de ajuda humanitária para Gaza, acompanhado da reativação de serviços essenciais como hospitais, padarias e abastecimento de água.
O Hamas teria estabelecido a condição de que, para cada soldada das FDI libertada, Israel deverá liberar 150 terroristas condenados. Num possível terceiro estágio do acordo, o Hamas libertaria soldados homens e os corpos dos reféns falecidos.
O WSJ indica que, se Israel se opuser à libertação de terroristas de grande notoriedade, o Hamas poderia ainda reter alguns reféns. O grupo também exige a devolução dos corpos dos terroristas de 7 de outubro, atualmente em posse de Israel, como parte do acordo.
Cessa-fogo
O Hamas reforça a necessidade de que qualquer acordo de troca de prisioneiros envolva um cessar-fogo de longo prazo, mas considera aceitável uma trégua temporária, desde que acompanhada de garantias para um compromisso mais extenso.
Por outro lado, fontes próximas a Benjamin Netanyahu relataram ao WSJ que o primeiro-ministro acredita na possibilidade de Israel resgatar os reféns restantes através de operações militares, dispensando a necessidade de uma troca de prisioneiros. O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não se manifestou sobre a matéria.
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