A sobrevivente do Holocausto que posou para a Vogue aos 102 anos
A história de Margot Friedländer, sobrevivente do Holocausto, posando para a Vogue Alemanha aos 102 anos.
A beleza não conhece limites de idade, e Margot Friedländer, aos 102 anos, ilustra esta máxima com uma força incomparável. A sobrevivente do Holocausto estampa a capa da última edição da Vogue Alemanha, uma história de resistência, de reencontro com a própria história e uma luta contínua contra o esquecimento.
Nascida em 1921, em Berlim, Friedländer testemunhou os horrores da Segunda Guerra Mundial de uma proximidade dolorosa. Seu começo de vida foi marcado pela tragédia quando, ao tentar escapar da Alemanha com sua família, viu seu irmão ser capturado e, junto com sua mãe, deportados para Auschwitz, onde foram assassinados. Este episódio sombrio moldou a trajetória de Friedländer de maneiras que apenas o tempo poderia revelar.
A Importância de Margot Friedländer para a Memória Histórica
Após sobreviver ao campo de concentração de Theresienstadt, Margot emigrou para os Estados Unidos com seu marido, onde viveu por mais de seis décadas. Foi apenas após a morte de seu marido que decidiu retornar a Berlim, lugar que agora usa como plataforma para educar sobre o Holocausto e promover um mundo mais humano e unido.
O que torna Margot Friedländer uma inspiração?
A edição especial da Vogue não é apenas uma celebração visual, mas também um meio poderoso para Friedländer transmitir sua mensagem. Suas palavras são um lembrete da capacidade humana de superar adversidades com uma perspectiva de união e amor. Segundo a chefe de conteúdo editorial da Vogue Alemanha, Kerstin Weng, a presença de Friedländer simboliza uma “pessoa positiva que se levanta contra o esquecimento”.
Por que a história de Margot Friedländer é relevante hoje?
A história de Friedländer resgata elementos essenciais para as atuais e futuras gerações. Em uma era marcada pelo ressurgimento de movimentos extremistas e onde a polarização se fortalece, a sobrevivente implora por sensatez e unidade. Suas experiências como educadora a levaram a receber a Cruz Federal de Mérito de Primeira Classe, reconhecendo seus incessantes esforços na luta contra o ódio.
Aos 102 anos, Friedländer não hesita em conectar-se com a juventude, enfatizando a importância do diálogo e da conscientização sobre as atrocidades do passado. Com uma vivacidade invejável, ela segue transmitindo ensinamentos que são, sobretudo, lições de resiliência e esperança.
Na entrevista à revista, Friedländer reitera uma mensagem pungente e necessária: “Que isso nunca mais aconteça.” Com esse apelo, ela nos convida não só a lembrar do passado, mas a agir conscientemente para melhorar o futuro.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)