O principal negociador do regime chavista, Jorge Rodriguez, afirmou que pedirá para o ditador Nicolás Maduro emitir uma ordem para impedir que qualquer venezuelano viaje aos Estados Unidos, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviar 238 cidadãos do país sul-americanos para a megaprisão de El Salvador.

“Não existe Estado de direito quando se trata dos direitos humanos básicos”, disse Rodriguez.

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Segundo o membro do regime, a Venezuela não descansará enquanto “não resgatar” os cidadãos considerados por ele “sequestrados”.

“Não descansaremos até devolvê-los, não descansaremos até resgatar as pessoas sequestradas em El Salvador”, afirmou.

Na avaliação de Rodriguez, os venezuelanos deportados por Trump sob o argumento de que faziam parte do grupo criminoso Trem de Aragua não cometeram crime em El Salvador.

“Eles não cometeram um crime, ou pelo menos não foram considerados culpados de um crime, nos Estados Unidos da América , porque lhes foi negado o direito ao devido processo legal”, afirmou.

Lei Inimigos Estrangeiros

Para enviá-los ao país da América Central, os Estados Unidos recorreram à Lei Inimigos Estrangeiros, de 1798.

Essa norma, usada por Trump, concede aos presidentes a autoridade para ordenar a detenção e deportação de cidadãos de países com os quais os Estados Unidos estão em guerra, segundo a BBC News.

A lei foi aprovada pelo Congresso americano com apoio do então presidente John Adams, no contexto de um imintente conflito com a França.

Na época, o governo pretendia se proteger contra a sabotagem estrangeira e espionagem.

Até hoje, os Estados Unidos usaram a lei por três ocasiões guerra contra o Reino Unido, em 1812, e na Primeira e Segunda Guerras Mundiais.

No contexto da Segunda Guerra, os americanos acionaram o dispositivo para a prisão de alemães, italianos e japoneses que viviam nos Estados Unidos.

Estima-se que 30 mil pessoas tenham sido detidas.

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