A inutilidade do Tratado do Rio para a crise da Venezuela
"Este tratado foi feito para proteger as Américas de agressões de fora do continente, uma espécie de escudo hemisférico", disse à Crusoé o embaixador Marcos Azambuja, conselheiro do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), no Rio de Janeiro...
A OEA aprovou ontem a realização de uma reunião para ativar o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (Tiar), também conhecido como Tratado do Rio. Assinado em 1947, o pacto prevê a defesa mútua dos países do continente em caso de uma agressão externa.
Ao justificar o Tiar, falou-se em abrir caminho para uma intervenção militar na Venezuela. Também se especula que o pacto poderia contribuir na defesa da Colômbia no caso de uma agressão venezuelana.
Mas o Tiar teria pouca utilidade nesses casos. “Este tratado foi feito para proteger as Américas de agressões de fora do continente, uma espécie de escudo hemisférico”, disse à Crusoé o embaixador Marcos Azambuja, conselheiro do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), no Rio de Janeiro. “Pode até se falar na possibilidade de usar o Tiar usando uma questão interna, dentro do continente, como um pretexto. O problema é que isso poderia acabar com o tratado.”
Leia a íntegra da reportagem de Duda Teixeira na Crusoé:
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