A derrota do fujimorismo e da esquerda tradicional no Peru
"O vitorioso desta eleição foi o voto de protesto. Esses partidos marginais tomaram o lugar do fujimorismo, que sem dinheiro e sem recursos não conseguiu sustentar o clientelismo tradicional", disse à Crusoé o cientista político peruano Carlos Meléndez, professor da Universidade Diego Portales, no Chile...
Nas eleições legislativas de 2016, o partido Fuerza Popular, de Keiko Fujimori, obteve 73 das 130 cadeiras do Congresso do Peru. Com 56% dos parlamentares, o fujimorismo foi a principal força legislativa no início do governo de Pedro Pablo Kuczynski, o PPK.
Com o avanço da Lava Jato peruana, PKK renunciou em 2018. No ano passado, seu sucessor, Martín Vizcarra, dissolveu o Congresso e convocou novas eleições, que foram realizadas ontem.
O quadro que emerge é totalmente distinto das últimas eleições legislativas. O fujimorismo não chegou a 7% dos votos. Os vencedores foram partidos marginais na política peruana, agora muito mais fragmentada.
“O vitorioso desta eleição foi o voto de protesto. Esses partidos marginais tomaram o lugar do fujimorismo, que sem dinheiro e sem recursos não conseguiu sustentar o clientelismo tradicional”, disse à Crusoé o cientista político peruano Carlos Meléndez, professor da Universidade Diego Portales, no Chile.
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