A demissão de uma jornalista americana mostra como a esquerda está matando a democracia A demissão de uma jornalista americana mostra como a esquerda está matando a democracia
O Antagonista

A demissão de uma jornalista americana mostra como a esquerda está matando a democracia

avatar
Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 15.07.2020 12:54 comentários
Mundo

A demissão de uma jornalista americana mostra como a esquerda está matando a democracia

A jornalista americana Bari Weiss, editora do New York Times, pediu demissão do jornal. O motivo foi a pressão constante contra ela, vinda de dentro e fora da redação. Weiss cometeu o pecado de publicar artigos de vozes conservadoras que iam de encontro aos talibãs do politicamente correto. O mais irônico é que ela foi contratada, em 2017, justamente para dar pluralidade ao jornal apelidado por nova-iorquinos à direita (sim, eles ainda existem) de "The Pravda on the Hudson", em, referência ao jornalão do regime soviético...

avatar
Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 15.07.2020 12:54 comentários 0
A demissão de uma jornalista americana mostra como a esquerda está matando a democracia
Foto: Reprodução

A jornalista americana Bari Weiss, editora do New York Times, pediu demissão do jornal. O motivo foi a pressão constante contra ela, vinda de dentro e fora do jornal. Weiss cometeu o pecado de publicar artigos de vozes conservadoras que iam de encontro aos talibãs do politicamente correto. O mais irônico é que ela foi contratada, em 2017, justamente para dar pluralidade ao jornal apelidado por nova-iorquinos à direita (sim, eles ainda existem) de “The Pravda on the Hudson”, em referência ao jornalão do regime soviético.

Weiss expôs a razão da sua demissão, de forma clara e tranquila, considerando o contexto da sua saída. Ela disse na sua carta:

“Artigos que seriam facilmente publicados há dois anos agora deixam o editor em situação difícil, quando não chega a ser demitido. Se um texto pode causar críticas internas ou nas redes sociais, o editor evita publicá-lo.”

E mais:

“Um novo consenso emergiu na imprensa, mas talvez especialmente neste jornal: a verdade não é um processo de descoberta coletiva, mas uma ortodoxia já conhecida por alguns pouco iluminados cujo trabalho é informar todos os outros.”

E ainda:

“O Twitter não está no cabeçalho do New York Times. Mas o Twitter se tornou seu editor definitivo.”

O jornal foi protocolar na sua resposta. Afirmou que “está comprometido em promover um ambiente de diálogo honesto e empático entre colegas, em que o respeito mútuo é exigido de todos”.

Na verdade, os talibãs na redação do New York Times deitam e rolam, promovendo uma caça às bruxas incessante contra quem ousa discordar dos seus dogmas.  Exemplo disso foi a publicação de um artigo do senador Tom Cotton, que pedia a intervenção dos militares para conter os protestos violentos contra a morte de George Floyd, o homem negro morto por um policial branco. Não bastasse a chuva de comentários negativos, mil funcionários do jornal fizeram um abaixo-assinado contra o fato de o New York Times ter publicado o artigo.

Weiss conta que, no privado, era cumprimentada pelos mandachuvas do jornal, por sua coragem, enquanto sofria bullying na redação. “Ser de centro num jornal americano não deveria exigir coragem”, diz ela. Weiss cometeu o crime de exercer o direito à opinião própria e à pluralidade, em direção contrária a movimentos identitários que querem cancelar a história americana a pretexto de combater o racismo. Weiss conta que foi chamada de racista e nazista. Que colegas insistiam que ela deveria ser demitida se o jornal quisesse mesmo ser “inclusivo”. Que a criticavam por ela “estar escrevendo outra vez sobre judeus”. Weiss não é racista ou nazista — é apenas uma jornalista que deveria ser respeitada mesmo por quem não concorda com ela.

A esquerda vive alertando para a possibilidade de a democracia morrer nos Estados Unidos e no mundo, por causa da ascensão de políticos da direita populista. Na verdade, quem está matando a democracia é ela própria, por meio dos talibãs do politicamente correto. A democracia morre quando se mata um dos lados da verdade coletiva.

  • Mais lidas
  • Mais comentadas
  • Últimas notícias
1

Tarcísio defende Bolsonaro contra “narrativa disseminada”

Visualizar notícia
2

Agora vai, Haddad?

Visualizar notícia
3

Trump nomeia ex-procuradora da Flórida após desistência de Gaetz

Visualizar notícia
4

Líder da Minoria sobre indiciamentos: "Narrativa fantasiosa de golpe"

Visualizar notícia
5

"Não faz sentido falar em anistia", diz Gilmar

Visualizar notícia
6

Bolsonaro deixou aloprados aloprarem?

Visualizar notícia
7

A novela do corte de gastos do governo Lula: afinal, sai ou não sai?

Visualizar notícia
8

Ellen DeGeneres deixa EUA após escândalos e reeleição de Trump

Visualizar notícia
9

Fernández vai depor na Argentina sobre suposto episódio de violência doméstica

Visualizar notícia
10

PGR vai denunciar Jair Bolsonaro?

Visualizar notícia
1

‘Queimadas do amor’: Toffoli é internado com inflamação no pulmão

Visualizar notícia
2

Sim, Dino assumiu a presidência

Visualizar notícia
3

O pedido de desculpas de Pablo Marçal a Tabata Amaral

Visualizar notícia
4

"Só falta ocuparem nossos gabinetes", diz senador sobre ministros do Supremo

Visualizar notícia
5

Explosões em dispositivos eletrônicos ferem mais de 2.500 no Líbano

Visualizar notícia
6

Datena a Marçal: “Eu não bato em covarde duas vezes”; haja testosterona

Visualizar notícia
7

Governo prepara anúncio de medidas para conter queimadas

Visualizar notícia
8

Crusoé: Missão da ONU conclui que Maduro adotou repressão "sem precedentes"

Visualizar notícia
9

Cadeirada de Datena representa ápice da baixaria nos debates em São Paulo

Visualizar notícia
10

Deputado apresenta PL Pablo Marçal, para conter agressões em debates

Visualizar notícia
1

Calendário PIS 2025 (21/11): Saiba os valores e como receber!

Visualizar notícia
2

Mandado contra Netanyahu não tem base, diz André Lajst

Visualizar notícia
3

Bolsonaro deixou aloprados aloprarem?

Visualizar notícia
4

Trump nomeia ex-procuradora da Flórida após desistência de Gaetz

Visualizar notícia
5

PGR vai denunciar Jair Bolsonaro?

Visualizar notícia
6

Tarcísio defende Bolsonaro contra “narrativa disseminada”

Visualizar notícia
7

Agora vai, Haddad?

Visualizar notícia
8

"Não faz sentido falar em anistia", diz Gilmar

Visualizar notícia
9

A novela do corte de gastos do governo Lula: afinal, sai ou não sai?

Visualizar notícia
10

Líder da Minoria sobre indiciamentos: "Narrativa fantasiosa de golpe"

Visualizar notícia

Assine nossa newsletter

Inscreva-se e receba o conteúdo do O Antagonista em primeira mão!

Tags relacionadas

Bari Weiss carta de demissão politicamente correto The New York Times
< Notícia Anterior

O argumento de Guedes para não transformar o coronavoucher em benefício permanente

15.07.2020 00:00 4 minutos de leitura
Próxima notícia >

Hospital das Clínicas recebe respiradores produzidos pela USP

15.07.2020 00:00 4 minutos de leitura
avatar

Redação O Antagonista

Suas redes

Instagram

Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

Comentários (0)

Torne-se um assinante para comentar

Notícias relacionadas

Trump nomeia ex-procuradora da Flórida após desistência de Gaetz

Trump nomeia ex-procuradora da Flórida após desistência de Gaetz

Visualizar notícia
Fernández vai depor na Argentina sobre suposto episódio de violência doméstica

Fernández vai depor na Argentina sobre suposto episódio de violência doméstica

Visualizar notícia
Crusoé: Morales acusa governo boliviano à ONU de violar direitos humanos

Crusoé: Morales acusa governo boliviano à ONU de violar direitos humanos

Visualizar notícia
Peixe do Juízo final surpreende pesquisadores após reaparecer na California

Peixe do Juízo final surpreende pesquisadores após reaparecer na California

Visualizar notícia
Icone casa

Seja nosso assinante

E tenha acesso exclusivo aos nossos conteúdos

Apoie o jornalismo independente. Assine O Antagonista e a Revista Crusoé.