Arqueólogos resgatam mais de 1 mil peças seculares em dois navios naufragados

24.12.2025

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Arqueólogos resgatam mais de 1 mil peças seculares em dois navios naufragados

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5 minutos de leitura 23.06.2025 08:35 comentários
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Arqueólogos resgatam mais de 1 mil peças seculares em dois navios naufragados

A operação permitiu o resgate de porcelanas, moedas, madeiras e objetos exóticos que estavam preservados a 1.500 metros de profundidade.

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Arqueólogos resgatam mais de 1 mil peças seculares em dois navios naufragados
Arqueólogos resgatam mais de 1 mil peças seculares em dois navios naufragados. Créditos: depositphotos.com / fergregory

O fundo do Mar da China Meridional revelou, entre 2023 e 2024, um dos capítulos mais intrigantes da arqueologia subaquática: a recuperação de quase mil artefatos de dois navios naufragados da dinastia Ming.

A operação, marcada pelo uso de robótica avançada e protocolos rigorosos de conservação, permitiu o resgate de porcelanas, moedas, madeiras e objetos exóticos que estavam preservados a 1.500 metros de profundidade.

O achado não apenas amplia o acervo histórico chinês, mas também oferece novas perspectivas sobre o comércio marítimo asiático do século XV.

O trabalho foi conduzido por uma equipe multidisciplinar, sob coordenação da Administração Nacional do Patrimônio Cultural da China. A missão envolveu o uso de veículos operados remotamente, capazes de atuar em ambientes de escuridão total e alta pressão.

Graças a esses recursos, foi possível extrair as peças sem danos, algo que, até então, era considerado inviável em profundidades tão extremas. O projeto contou ainda com o apoio de especialistas em biologia marinha e restauração, garantindo a integridade tanto dos objetos quanto do ecossistema local.

Como a tecnologia permitiu o resgate dos artefatos dos navios Ming?

O início da investigação foi marcado pela detecção de anomalias geofísicas em janeiro de 2023. Após a delimitação da área, robôs submersíveis equipados com câmeras de alta definição e braços mecânicos foram lançados ao mar.

Esses equipamentos, controlados à distância, realizaram a coleta dos itens, que foram imediatamente acondicionados em cápsulas pressurizadas para evitar choques térmicos e estruturais.

Durante quase um ano, cada peça foi cuidadosamente registrada, embalada e transportada para análise em laboratórios especializados.

O uso de tecnologia de ponta permitiu não apenas a preservação dos artefatos, mas também a documentação detalhada de sua posição original, contribuindo para estudos futuros sobre o contexto do naufrágio e as rotas comerciais envolvidas.

Arqueólogos resgatam mais de 1 mil peças seculares em dois navios naufragados
Imagem ilustrativa. Créditos: depositphotos.com / agiampiccolo

Quais tesouros foram encontrados nos navios e qual seu significado histórico?

Entre os 928 itens recuperados, destacam-se porcelanas com decoração floral, vasos utilitários, moedas de cobre, tábuas de madeira esculpidas e elementos naturais como conchas e chifres de veado.

A diversidade dos objetos indica que os navios transportavam não só mercadorias de luxo, mas também itens do cotidiano e produtos de diferentes origens.

  • Porcelanas e cerâmicas: Indicam a importância da exportação de artigos finos e utilitários.
  • Moedas de cobre: Sugerem transações comerciais em larga escala.
  • Madeiras trabalhadas: Possivelmente usadas em construção ou cerimônias.
  • Conchas e chifres: Apontam para o transporte de mercadorias exóticas e lastro.

O primeiro navio continha a maior parte da carga, enquanto o segundo, possivelmente de apoio, transportava materiais de construção e objetos rituais. A variedade dos itens reforça a ideia de uma rede comercial diversificada, que ia além da tradicional exportação de seda.

Por que essa descoberta muda o entendimento sobre a Rota da Seda marítima?

O resgate dos navios Ming evidencia que o comércio marítimo chinês era mais amplo e complexo do que se imaginava. As rotas secundárias, pouco documentadas até então, conectavam regiões do interior a mercados distantes do Sudeste Asiático.

Isso demonstra que o intercâmbio de bens envolvia não apenas produtos de luxo, mas também artigos de uso diário e recursos naturais.

  1. Revela rotas comerciais alternativas e menos conhecidas.
  2. Amplia o conhecimento sobre os tipos de mercadorias transportadas.
  3. Oferece novas pistas sobre a organização econômica e social da dinastia Ming.
  4. Impulsiona o desenvolvimento de métodos inovadores em arqueologia subaquática.

Após a estabilização e restauração, os artefatos serão digitalizados em três dimensões e exibidos em museus na China e em outros países.

Uma base de dados aberta está sendo preparada para que pesquisadores internacionais possam acessar informações detalhadas sobre cada peça, promovendo estudos colaborativos e novas interpretações sobre o comércio asiático.

Arqueólogos resgatam mais de 1 mil peças seculares em dois navios naufragados
Imagem ilustrativa. Créditos: depositphotos.com / d.images

O que se espera para o futuro da pesquisa subaquática na Ásia?

O sucesso da operação com os navios Ming abre caminho para novas investigações em águas profundas. O avanço tecnológico e a integração de diferentes áreas do conhecimento prometem ampliar o alcance das descobertas, permitindo a recuperação de mais vestígios do passado marítimo asiático.

Cada artefato resgatado contribui para reconstruir trajetórias comerciais, hábitos culturais e relações internacionais que marcaram a história da região.

À medida que a arqueologia subaquática evolui, cresce também a expectativa por novas revelações sobre as civilizações que navegaram e comerciaram pelo vasto oceano.

O fundo do mar, ainda pouco explorado, guarda segredos que podem transformar a compreensão sobre o papel da Ásia no cenário global de séculos passados.

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