Gigante do futebol argentino está a 4 dias de decretar falência e fechar as portas
Um dos clubes mais tradicionais da Argentina enfrenta um momento desafiador e crítico em sua história.
O San Lorenzo, um dos clubes de futebol mais tradicionais da Argentina, enfrenta um momento desafiador e crítico em sua história.
Em 2014, o clube sofreu um grande revés financeiro, ameaçando sua própria existência. Em 2020, a transferência de Adolfo Gaich para o CSKA Moscou deveria ter sido um passo positivo.
No entanto, a decisão de antecipar receitas futuras por meio de um empréstimo com o fundo suíço AIS Investment Fund se mostrou desastrosa. Isso resultou em uma dívida crescente e em um prazo iminente para quitação.
Como a dívida do San Lorenzo pode afetar o clube e o futebol argentino?
Com uma soma pendente de 4,4 milhões de euros, a situação financeira crítica do San Lorenzo pressiona a administração a encontrar uma solução imediata. Esta dívida, originada por problemas de gestão no pagamento da transferência de Gaich, ameaça não apenas as operações diárias do clube, mas sua própria sobrevivência.
A falta de pagamento dos russos gerou uma ação judicial que levaria, no ano seguinte, à condenação do San Lorenzo ao pagamento de 3,6 milhões de euros inicialmente, valor que hoje está ainda mais inflado devido a juros e correções.
Impacto no cenário esportivo e financeiro
O risco de falência do San Lorenzo ressoaria em todo o futebol argentino, não apenas por seu valor histórico e o papel social dentro de sua comunidade, mas também pelos potenciais precedentes jurídicos no cenário internacional de transferências e finanças esportivas.
Fechar as portas de um clube centenário representaria uma perda incalculável não só para seus torcedores, mas também para a identidade do futebol latino-americano.
O SAN LORENZO tem um prazo de 5 DIAS para pagar a um fundo suíço uma dívida de 4,7 milhões de dolares ou será decretada FALÊNCIA.
— Diário de Torcedor (@DiarioGols) October 14, 2025
📰 TyC Sports / Tony Arrighi pic.twitter.com/p9JaxEWf5B
O que levou à renúncia dos dirigentes?
A crise atual gerou turbulências internas, levando à renúncia de 13 dirigentes do clube. A renúncia em massa reflete a complexidade e a gravidade do momento vivido.
O clube enfrenta um vácuo de poder e gestão desde a saída desses membros, o que representa um obstáculo para a resolução da dívida e a busca por alternativas financeiras sustentáveis.
A administração do presidente Marcelo Moretti não escapou ilesa deste cenário conturbado, e sua continuidade está sob análise à medida que o clube procura recuperar a estabilidade.
Quais as perspectivas para o futuro do San Lorenzo?
Caso o clube consiga saldar a dívida, o desafio maior será reconstruir a confiança na gestão e adotar práticas financeiras mais restritivas para evitar futuras crises.
O clube precisará garantir que sua receita e despesas estejam em equilíbrio, e que decisões importantes sejam tomadas com supervisão mais rigorosa.
Deste modo, recuperar o prestígio esportivo e a solidez financeira dependerá de uma reestruturação abrangente e cuidadosa, implicando em parcerias estratégicas e engajamento da torcida.
Não obstante a urgência da situação, o esforço de reconstrução pós-dívida pode ser a chave para a revitalização do San Lorenzo, marcando uma nova era onde o clube encontrará formas de se reinventar sem comprometer sua saúde financeira e legado histórico no futebol sul-americano.
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