Zoológico em SP passa a abrigar fenecos, as menores raposas do mundo
Entenda como esses pequenos animais chamam atenção do público e ajudam a entender o papel dos zoológicos
O anúncio da chegada de fenecos ao Zoológico de São Paulo chamou a atenção de visitantes e de quem acompanha a conservação de espécies silvestres no país. O parque agora abriga quatro indivíduos dessa pequena raposa-do-deserto, vindos de um centro de reprodução de fauna na África do Sul, o que amplia o acervo de espécies exóticas disponíveis para observação.
O que é o feneco e quais são suas principais características?
O feneco, ou raposa-do-deserto, é considerado o menor canídeo do planeta, medindo cerca de 20 centímetros de altura e pesando em torno de 1,5 quilo. Suas grandes orelhas, que podem chegar a 15 centímetros, funcionam como “radiadores” naturais para dissipar calor no ambiente árido onde vive.
Originário de áreas desérticas do Norte da África, o feneco é adaptado a temperaturas extremas e escassez de água, com pelagem clara que reflete a luz do sol e isola durante a noite. De hábitos predominantemente noturnos, passa boa parte do dia em tocas subterrâneas, sendo figura frequente em materiais educativos e documentários.
Qual é a importância do feneco no Zoológico de São Paulo para a conservação?
A chegada do feneco ao Zoológico de São Paulo reforça o debate sobre conservação ex situ, já que a espécie enfrenta pressões como perda de habitat, caça e comércio ilegal. Ao abrigar o animal em instalações controladas, o zoológico fortalece ações de educação ambiental, pesquisa de comportamento e integração a programas de manejo internacional.
Ser o único zoológico da América do Sul com fenecos posiciona a instituição em redes globais de intercâmbio de fauna, seguindo protocolos de transporte, quarentena e bem-estar. O contato do público com a espécie também estimula o interesse pela biodiversidade de regiões áridas, muitas vezes menos lembradas que florestas tropicais.
Confira um vídeo rápido com imagens do animal em cativeiro:
🦊🐾 Zoológico de São Paulo passa a abrigar fenecos, as menores raposas do mundo
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) December 24, 2025
🇧🇷 O Zoológico de São Paulo ganhou quatro novos moradores: três fêmeas e um macho de feneco, espécie conhecida como raposa-do-deserto. Os animais foram transferidos de um centro de reprodução da… pic.twitter.com/88rEyFSiul
Como funciona o manejo do feneco em cativeiro?
Manter fenecos em zoológico exige recintos que respeitem suas adaptações a ambientes secos e arenosos. São necessárias áreas com substrato escavável, tocas artificiais, pontos de sombra e controle de temperatura e iluminação, buscando reproduzir de forma segura o clima desértico em um país tropical.
A alimentação procura imitar a dieta variada da natureza, com rações específicas, pequenos vertebrados, insetos, ovos e frutas, sob supervisão de veterinários e nutricionistas. Para reduzir o estresse e incentivar atividades naturais, utiliza-se enriquecimento ambiental com desafios, brinquedos e estímulos sensoriais.
Quais são as etapas principais do manejo diário do feneco?
O manejo diário do feneco combina cuidados estruturais, nutricionais e comportamentais, que juntos garantem bem-estar e permitem pesquisas em ambiente controlado. A seguir, estão algumas etapas essenciais adotadas por equipes técnicas especializadas.
Estruturação do ambiente com áreas para escavação, refúgio e descanso, respeitando o comportamento natural da espécie.
Ajuste de temperatura e iluminação para simular corretamente o ciclo natural de dia e noite.
Alimentação planejada e acompanhada por veterinários e nutricionistas, garantindo saúde e desenvolvimento adequados.
Uso de atividades estimulantes, como esconderijos de alimento e objetos interativos, para reduzir estresse.
Acompanhamento constante da saúde e do comportamento por equipe técnica especializada.
Qual é o impacto do feneco na educação ambiental do público?
A presença do feneco tende a ampliar o interesse de visitantes por espécies de ambientes desérticos e pela importância ecológica dos desertos. Em exposições comentadas e projetos pedagógicos, escolas utilizam o zoológico como extensão da sala de aula para discutir adaptações ao clima árido e conservação de habitats.
A curiosidade despertada pela raposa-do-deserto também abre espaço para abordar comércio ilegal de animais silvestres, responsabilidade no contato com a fauna e transparência em objetivos de conservação. Nesse contexto, os fenecos tornam-se um caso emblemático para avaliar práticas de bem-estar e pesquisa em zoológicos brasileiros.
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