O que significa quando uma pessoa segura um braço com o outro, segundo a criminologia
A linguagem corporal costuma ser observada apenas em situações específicas, mas no dia a dia pequenos gestos fornecem indícios importantes sobre o que alguém sente ou pensa.
A linguagem corporal costuma ser observada apenas em situações específicas, mas no dia a dia pequenos gestos fornecem indícios importantes sobre o que alguém sente ou pensa e entre esses sinais, agarrar um braço com a mão contrária aparece com frequência em conversas, reuniões e até em filas de espera, podendo indicar tensão, insegurança, necessidade de proteção emocional ou simples hábito automático, sempre exigindo análise em conjunto com o contexto.
O gesto de agarrar o braço com a mão contrária é frequentemente descrito como um sinal de autoproteção. O corpo cria uma espécie de barreira física entre a pessoa e o que é percebido como ameaça, como críticas, perguntas delicadas, conflitos ou situações sociais que provoquem vergonha e ansiedade.
Em termos emocionais, funciona como um “abraço parcial”, uma tentativa de autorregulação para reduzir o estresse. Ainda assim, o mesmo movimento pode surgir por motivos neutros, como dor muscular, frio, necessidade de apoio ao ficar em pé ou simples costume incorporado ao longo do tempo.
Quando agarrar o braço não indica insegurança
Nem sempre esse movimento está ligado à insegurança ou ao medo, sendo por vezes apenas um conforto físico.
Em ambientes frios, em longos períodos de espera ou ao manter o equilíbrio, muitas pessoas seguram o próprio braço automaticamente, sem qualquer significado emocional relevante.
Há também quem adote essa postura como marca pessoal, repetindo-a em diferentes contextos sem perceber.
Por isso, análises apressadas da linguagem corporal podem gerar interpretações imprecisas, especialmente quando o gesto é observado isoladamente e sem comparação com o padrão geral da pessoa.
Como a linguagem corporal relaciona agarrar o braço com a insegurança
Embora não seja regra, agarrar o braço costuma aparecer em pessoas com baixa autoconfiança durante interações sociais.
Em situações de exposição, como falar em público, participar de entrevistas ou conhecer novas pessoas, quem se sente vulnerável pode recorrer, sem perceber, a esse gesto de contenção.
Nesses casos, o corpo tenta reduzir a sensação de desamparo aproximando um dos braços do tronco, como se buscasse um apoio extra.
Quando combinado com ombros encolhidos, fala hesitante e busca constante de aprovação, o comportamento pode indicar dificuldade para se sentir à vontade diante de olhares e julgamentos.
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De que forma a insegurança impacta a vida cotidiana
Profissionais de psicologia mencionam que a insegurança interfere em várias áreas da vida, como carreira, relacionamentos afetivos e convivência social.
O medo de errar, de ser criticado ou rejeitado pode levar a comportamentos de retração, entre eles braços cruzados, ombros encolhidos e mãos que se agarram ao próprio corpo.
A leitura desses sinais ganha sentido quando combinada com outros elementos, como discurso evasivo, dificuldade de manter contato visual e tentativas de mudar de assunto.
Assim, o foco não está em “decifrar” um único gesto, mas em notar padrões recorrentes que revelam desconforto emocional e necessidade de proteção.
Como trabalhar a linguagem corporal da insegurança
A chamada linguagem corporal da insegurança pode ser ajustada em conjunto com mudanças internas graduais.
Um dos caminhos apontados por especialistas é desenvolver uma percepção mais realista das próprias capacidades, equilibrando a visão de falhas com o reconhecimento de competências e conquistas.
Esse exercício contribui para uma imagem mais saudável de si e tende a diminuir a necessidade de posturas defensivas durante conversas e apresentações.
Ao se sentir mais capaz, a pessoa costuma relaxar ombros, liberar os braços e adotar gestos mais abertos, o que reforça a autoconfiança em um ciclo positivo.

Como reduzir a comparação social e fortalecer a autoconfiança
Outro ponto frequentemente citado é o impacto da comparação social na construção da insegurança.
Em ambientes presenciais ou digitais, confrontar a própria vida com a de outras pessoas geralmente amplia o sentimento de inadequação e intensifica gestos de fechamento corporal.
Reduzir esse hábito, concentrando-se na própria trajetória e em metas realistas, ajuda a aliviar a pressão interna que alimenta a necessidade de autoproteção.
Muitos profissionais sugerem ainda pequenos desafios semanais, como iniciar diálogos breves ou participar mais em reuniões, para reforçar gradualmente a sensação de competência.
Como organizar mudanças em etapas progressivas
Algumas pessoas preferem organizar essas mudanças em etapas, o que facilita a prática contínua e reduz a sensação de sobrecarga. Dividir o processo em passos pequenos torna mais fácil identificar avanços e manter a motivação, mesmo em dias de maior insegurança.
Ao longo do tempo, essa combinação de autoconhecimento, ajustes de comportamento e, quando necessário, suporte profissional tende a reduzir a intensidade dos gestos de autoproteção.
Assim, agarrar o braço com a mão contrária deixa de ser uma resposta automática constante e passa a ser apenas mais uma entre tantas posturas possíveis, sem dominar a forma como a pessoa se apresenta ao mundo.
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