Os mísseis ar-ar são armas desenvolvidas para serem lançadas por um avião de caça contra outro alvo aéreo, como caças inimigos, helicópteros ou drones. Diferente de bombas tradicionais, esses mísseis são guiados, ajustam a própria rota no ar e perseguem o alvo até o impacto. Por isso, são considerados a espinha dorsal do combate aéreo atual.

Como o míssil identifica e persegue o alvo?

Um míssil ar-ar funciona como um “caçador automático”, usando sensores avançados para rastrear o inimigo. Os modelos mais comuns seguem calor, radar ou uma combinação das duas tecnologias, o que aumenta a precisão e dificulta a fuga. Quanto mais moderna a arma, mais inteligente é sua capacidade de prever movimentos e corrigir trajetória.

O método de guiagem determina o comportamento do míssil: alguns são silenciosos e ideais para combates próximos, enquanto outros alcançam alvos a dezenas de quilômetros, muito antes de um piloto enxergar o inimigo a olho nu.

• Guiagem por infravermelho para perseguir calor
• Guiagem por radar para alcançar longas distâncias

Como o míssil segue o calor?

Nessa tecnologia, o míssil detecta o calor emitido pelo motor do avião inimigo. Ele trava no rastro térmico e segue o alvo como um rastreador sensível. É extremamente eficaz em curtas distâncias e quase não dá aviso ao piloto adversário, já que não depende de radar para ser detectado.

Esses mísseis são pequenos, rápidos e muito letais, sendo a escolha comum para duelos de curta distância, conhecidos como dogfights.

Como os mísseis atacam sem quem o avião seja avistado?

Nos modelos guiados por radar, ondas eletromagnéticas localizam o avião inimigo. O míssil interpreta esses sinais e faz correções automáticas ao longo do trajeto. A grande vantagem é o alcance: alguns podem atingir alvos a muitas dezenas ou até centenas de quilômetros.

Esse tipo de armamento permite que combates aconteçam antes mesmo de os pilotos enxergarem o oponente. Hoje, quem detecta primeiro costuma ter enorme vantagem.

O que acontece entre o disparo e o impacto?

Ao lançar o míssil, o caça envia dados de localização do alvo. O motor-foguete é acionado, acelerando o projétil a velocidades supersônicas. A partir daí, a guiagem assume o controle: o míssil faz curvas abruptas, prevê movimentos e ajusta a rota continuamente.

Na etapa final, a ogiva explode por proximidade, sem necessidade de acerto direto. Apenas a explosão perto da fuselagem já é suficiente para derrubar o avião inimigo.

Confira nesse vídeo um disparo de teste sendo efetuado:

Como os pilotos tentam escapar de um míssil ar-ar?

A defesa é um desafio. Os pilotos contam com flares, que enganam sensores térmicos, e chaff, que confunde radares. Além disso, fazem manobras extremas e usam sistemas de interferência eletrônica para quebrar o “lock” do míssil. Mesmo assim, a velocidade e a inteligência dessas armas tornam a fuga cada vez mais difícil.

Os mísseis modernos chegam a cinco vezes a velocidade do som e corrigem sua rota em milissegundos, o que reduz drasticamente o tempo de reação de quem está sendo atacado.

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