Netflix resgata o caso do Monstro de Florença, um dos crimes mais perturbadores da Europa
A produção revisita os crimes que traumatizaram a Itália entre 1968 e 1985 e até hoje permanecem sem solução.
Em 2025, a fascinação por crimes reais segue intacta, e a Netflix encontrou uma oportunidade nas histórias de assassinos em série. Uma das adições mais recentes ao seu catálogo é a minissérie sobre o infame caso do ‘Monstro de Florença‘, que ainda reverbera na consciência social tanto na Itália quanto no mundo inteiro. Trata-se de uma exploração detalhada dos brutais assassinatos que abalaram a região da Toscana entre 1968 e 1985, período durante o qual um assassino desconhecido tirou a vida de vários casais jovens.
A série mergulha em um ambiente marcado pelo medo e pela incerteza, ao retratar um caso que não só gerou terror, mas também um profundo desconcerto nas autoridades e na opinião pública. A construção e o desenvolvimento do enredo ficaram a cargo de Stefano Sollima, conhecido por sua maestria no gênero policial, que, junto com Leonardo Fasoli, conseguiu recriar a tensão de uma época complicada pela violência em série. Esta produção se destaca não só pela qualidade cinematográfica, mas também pela reconstrução precisa dos eventos que colocaram o ‘Monstro de Florença‘ no mesmo patamar que figuras como Jack, o Estripador, e o Zodíaco.
O que se sabe, afinal, sobre o caso?
Durante quase duas décadas, o assassino atacou casais desprevenidos, deixando um padrão de homicídios que desconcertou as autoridades italianas. As vítimas, escolhidas em locais isolados e, principalmente, dentro de seus carros, foram atacadas com a mesma pistola Beretta calibre 22.
No entanto, além dos assassinatos, o que realmente impressionou foram as mutilações praticadas nas mulheres, um detalhe que validava a aparente motivação macabra e sistemática dos crimes.
Por que a investigação tornou-se tão lendária?
A magnitude da perseguição foi inédita na história policial italiana.
- As autoridades interrogaram mais de 100.000 suspeitos, refletindo o desespero e o caos que cercaram o caso.
- Pietro Pacciani, camponês, foi o único condenado, mas posteriormente absolvido por falta de provas em 1996.
A série conseguiu lançar uma nova luz sobre o mistério?
Com quatro episódios, a série não só narra o caso policial, mas também apresenta um panorama social e cultural da Itália nas décadas de 60, 70 e 80. O foco narrativo recai especialmente sobre a chamada “pista sarda”, explorando uma teoria que conecta o assassinato de 1968 de Barbara Locci e Antonio Lo Bianco aos ataques posteriores.
- Apesar de críticas sobre parcialidade, os criadores enfatizam que o objetivo é retratar fielmente a sociedade italiana daquele período.
- A série também mescla cenas de época com depoimentos inéditos de investigadores e familiares das vítimas.
Toda a história, mesmo a mais terrível, tem um começo. Este é só o início de O Monstro de Florença. Já disponível. pic.twitter.com/IyIvk2Ku4h
— Netflix Portugal (@NetflixPT) October 22, 2025
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Por que o caso ainda gera debates nos dias atuais?
Em conclusão, embora a identidade do ‘Monstro de Florença‘ continue desconhecida, a série da Netflix conseguiu impactar a maneira como percebemos e lidamos com casos de crimes tão complexos e aterrorizantes. Ao revisitar esse fragmento da história criminal, a produção se soma a outras obras literárias sobre o caso, como a publicada por Mario Spezi e Douglas Preston.
Dessa forma, o mistério permanece alimentando debates e especulações entre criminologistas, historiadores e uma nova geração fascinada por investigações não solucionadas.
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